Economia
Bolsas de NY fecham sem coesão após perda de fôlego da recuperação do tombo com Fed
As bolsas de Nova York fecharam sem rumo único, após a perda de fôlego da recuperação parcial da forte liquidação da quarta-feira desencadeada pelo Federal Reserve (Fed), que sugeriu que as taxas de juros poderiam permanecer mais altas no próximo ano do que os investidores esperavam. O Dow Jones conseguiu amealhar leve alta, interrompendo a sequência mais longa de baixas desde 1974. Os investidores também monitoravam uma reviravolta inesperada no Congresso, onde um acordo para manter o governo aberto foi anulado por um tweet de Elon Musk.
O Dow Jones subiu 0,04%, fechando em 42.342,24 pontos, após ter derretido 2,58% ontem, quando completou dez quedas seguidas. O Nasdaq cedeu 0,10%, aos 19.372,77 pontos. O S&P 500 terminou o dia em queda de 0,09%, aos 5.867,08 pontos.
"O Fed pode ter estragado a recuperação do rali Natal deste ano, uma vez que a sua mudança agressiva poderia desencadear uma correção mais profunda nos mercados acionários dos EUA - que desfrutaram de dois anos estelares, em grande parte graças às Big Tech", escreveu o analista do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya.
Para o estrategista de ações do Julius Baer, Leonardo Pellandini, apesar da volatilidade a curto prazo, as ações dos EUA continuarão a oferecer fortes perspectivas de crescimento a longo prazo, impulsionadas por políticas pró-crescimento e por um ambiente econômico favorável.
Entre as ações individuais, as da Amazon subiram 1,27%, em recuperação da queda da véspera mesmo após notícias de que milhares de trabalhadores da empresa entraram em greve na quinta-feira durante a crucial correria das festas natalinas em razão de dificuldades nas negociações contratuais e da recusa da companhia em reconhecer o sindicato dos caminhoneiros.
A Micron Technology despencou 16,2% após a fabricante de chips de memória delinear uma perspectiva fraca para o atual segundo trimestre. Em rumo diferente, a Accenture subiu 6,99%. A empresa de serviços de informática reportou lucros fiscais do primeiro trimestre melhores do que o esperado e ampliou suas perspectivas de receitas para o ano fiscal.
* Com informações do Dow Jones Newswires
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