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Kel Ferreti é denunciado por crime de estupro contra uma mulher no mês de junho em Maceió

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) ofereceu denúncia contra o influenciador Kel Ferreti por crime de estupro cometido contra uma mulher em uma pousada em Cruz das Almas, em Maceió, no último mês de junho.
O influencer está preso desde o dia 4 deste mês, quando foi alvo da Operação Trapaça, que busca combater uma organização criminosa relacionada com lavagem de dinheiro e envolvida com o "Jogo do Tigrinho", plataforma on-line de apostas que caracteriza jogo de azar.
Kel Ferreti é investigado por prosseguir relação sexual com vítima com uso de violência. O MP anexou as declarações da mulher, como também fotografias, comprovante de transporte por aplicativo, registros de conversas em rede social, laudo de exame de corpo de delito, termos testemunhais e atestado médico e psiquiátrico.
A vítima informou que o conheceu através de um grupo de apostas, em que o influenciador era o gestor e oferecia dinheiro para quem participasse do canal, além de quem fizesse cadastro no Jogo do Tigrinho, com o link fornecido por ele. Após depósitos em dinheiro, para participação no jogo de azar, e "cantadas" durante o bate-papo em aplicativo de mensagens, os dois marcaram o encontro em uma pousada.
Ainda de acordo com a denunciante, Kel Ferreti começou a agir de forma agressiva ao entrar no quarto, e depois de apressar a relação sexual, em poucos minutos, deu mordidas na boca, tapas no rosto e socos na costela da mulher. Em um dos momentos, um dos socos atingiu o rosto da vítima e o deixou inchado. A mulher relatou que chorou bastante, e mesmo assim o influenciador não parou.
Ela contou que o influenciador pediu para que fosse colocado gelo no local lesionado e não teria se preocupado com o ferimento causado. Na sequência, a vítima afirmou que foi colocada em uma posição, onde recebeu mais golpes e teve o pescoço segurado e estrangulado. Ela disse que pensou que iria morrer, pois teve a sensação de que desmaiaria.
Após o encontro a mulher disse que levou uns dias para registrar boletim de ocorrência na delegacia virtual e esteve no Hospital da Mulher para ser atendida.
A materialidade do crime, segundo o MPAL, também está nas fotos, no laudo do corpo de delito, no relatório da Sala Lilás, e no atestado médico. Quanto à autoria, há provas de ser o influenciador por causa das declarações da vítima, das conversas no WhatsApp, e da confirmação de testemunhas.
Com base nisso, o MPAL requer instauração de ação penal, e por considerar crime de natureza sexual, também pede a aposição de sigilo externo nos autos; também requer a citação do denunciado para responder e apresentar defesa no prazo legal, e em seguida dos demais atos processuais; a anexação dos antecedentes criminais do denunciado; a intimação de testemunhas para depoimento em juízo.
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