Economia
Juros futuros desaceleram após Tesouro antecipar lotes ofertados em leilão
Os juros futuros seguem em alta na manhã desta quinta-feira, 28, mas desaceleraram das máximas após o leilão do Tesouro antecipar a divulgação das ofertas de lotes de LTN e NTN-F, com volumes reduzidos, visando conter a volatilidade do mercado por causa do risco fiscal. O dólar também passou a subir menos.
Às 9h31, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia a 13,620% (máxima de 13,725%), de 13,551% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2027 avançava 13,740% (máxima de 13,885%), de 13,662%, e o para janeiro de 2029 tinha alta para 13,585% (máxima de 13,735%), de 13,485% no ajuste de ontem.
O mercado de juros reage à coletiva de imprensa nesta quinta-feira sobre o pacote de cortes de gastos e é possível que o tom defensivo do investidor persista com a escalada do dólar para R$ 5,91. A reação dos mercados hoje ao anúncio das medidas pode ser moderada e vai depender da avaliação da coletiva.
Ontem os juros futuros subiram até 40 pontos-base e o mercado começou a precificar um choque monetário, com chance de altas de 100 pontos-base nas próximas reuniões, com Selic terminal em 14,25%, com a notícia de isenção do Imposto de Renda (IR) na faixa de até R$ 5 mil.
A ausência de mercados em Nova York com o feriado do Dia de Ação de Graças tende, no entanto, a minguar a liquidez, e o grau de incômodo do investidor poderá ser melhor avaliado a partir da próxima semana, uma vez que amanhã os mercados americanos abrem em período reduzido.
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