Quatro dias após afirmar categoricamente que deixaria a Presidência do CSE, o empresário José Barbosa agora adota um discurso evasivo, gerando dúvidas sobre sua saída. Em uma conversa gravada no último dia 11, Barbosa confirmou à Tribuna do Sertão que deixaria o cargo em 31 de dezembro, sendo sucedido por Carlos Guruba, indicado pelo prefeito Júlio Cezar, o ‘imperador’. Guruba, ex-vereador cassado pela cota de gênero e recentemente derrotado nas urnas, seria o escolhido para liderar o clube a partir de janeiro.

No entanto, em reunião do pré-arbitral realizada no Estádio Rei Pelé, nesta quinta-feira (13), Barbosa foi questionado novamente sobre sua saída e respondeu de forma ambígua: “Veremos” e “vamos aguardar.” Essas respostas vagas indicam que Barbosa, talvez, não tenha certeza sobre o próximo passo no comando do tricolorido, colocando em dúvida a declaração feita dias antes.

Esse impasse agrava a questão da prestação de contas do clube, um tema ainda cercado de mistério. Conforme revelado por Barbosa, as finanças do CSE são levadas diretamente ao governo municipal pelo diretor José Alves, primo do prefeito. Entretanto, o acesso à documentação completa permanece restrito, suscitando dúvidas sobre a transparência da gestão de um clube que depende de verbas públicas.

A resistência de Barbosa em confirmar sua saída expõe a influência política sobre a direção do CSE, principalmente com a presença do prefeito Júlio Cezar no processo de sucessão. O papel de José Alves na entrega das contas ao município reforça a hipótese de que o controle do clube extrapola as decisões esportivas, abrindo margem para interferências políticas e financeiras de grande repercussão.

Esse cenário deixa no ar uma série de questões: Barbosa manterá sua palavra? A sucessão no CSE será concretizada conforme anunciado? E, finalmente, a transparência das contas será garantida a todos?