Política
Gleisi: Teria que ser Boulos, foi o melhor candidato que tivemos em São Paulo
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que Guilherme Boulos (PSOL) foi "o melhor candidato" que o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia apoiar em São Paulo.
A declaração ocorreu nesta segunda-feira, 28, na sede do diretório nacional do PT, em Brasília, após uma reunião da Executiva e da bancada de parlamentares do partido. Na ocasião, os petistas discutiram sobre o desempenho da legenda nas eleições deste ano, e a presidente admitiu que as expectativas eram de resultados melhores.
Gleisi confirmou que o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) expôs críticas à aliança do PT com Boulos, mas a presidente do partido afirmou que a maioria discorda. "Ele fez a fala dele, eu discordo completamente, e a maioria também discorda completamente", declarou.
Em seguida, Gleisi mencionou os resultados eleitorais de Boulos em 2020, para prefeito de São Paulo, e em 2022, para deputado federal. "Era um quadro que, com certeza, cumpria muito o que nós queríamos para a candidatura em São Paulo", afirmou.
Gleisi acrescentou: "Eu me pergunto: quem do PT iria disputar? Que outra candidatura seria construída no campo do centro ou da centro-direita em São Paulo? Teria que ser Boulos, sim, foi o melhor candidato que nós tivemos."
A petista também lembrou que Boulos esteve com o PT durante o impeachment da Dilma e no momento da prisão de Lula. "Esse tipo de coisa a gente não pode esquecer na política. A política não é só o pragmatismo elevado ao 5º grau. Tem pragmatismo, mas também tem princípios", disse.
A presidente também afirmou acreditar que a avaliação política da população tem ligação com a dificuldade do governo de fazer "disputa política" na sociedade. "Acho que o governo tem grandes resultados, grandes programas, colocou de pé muitas coisas, tem muita produtividade, mas não está conseguindo fazer essa disputa política na sociedade", declarou. "Isso tem impacto na avaliação política das pessoas."
Boulos foi derrotado na corrida à Prefeitura de São Paulo com 40,65% dos votos no segundo turno em São Paulo, porcentual muito semelhante ao conquistado em 2020, quando não contou nem com o apoio do presidente da República da época, nem com a quantidade de verbas eleitorais que teve neste ano. O vencedor foi Ricardo Nunes (MDB), com 59,35%.
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