Internacional

Vice de Trump diz que Rússia é adversária, mas evitar caracterizá-la como "inimiga"

27/10/2024
Vice de Trump diz que Rússia é adversária, mas evitar caracterizá-la como 'inimiga'
Vice de Trump diz que Rússia é adversária, mas evitar caracterizá-la como "inimiga" - Foto: Reprodução

O candidato republicano à vice-presidência dos Estados Unidos, JD Vance, disse que a Rússia é uma adversária dos EUA, mas argumentou que é contraproducente abordar Moscou como "inimigo". O senador pelo Estado do Ohio também disse que Donald Trump está comprometido com a Otan, a aliança militar transatlântica vista como o baluarte que impede novas agressões russas na Europa, embora o ex-presidente tenha prometido "terminar o processo que começamos sob a minha administração de reavaliar fundamentalmente o propósito da Otan e os objetivos da Otan".

Vance, numa série de entrevistas televisivas que foram ao ar neste domingo, nove dias antes das eleições, deixou claro que Trump, se voltar à Casa Branca, pressionará os países europeus a gastarem mais na defesa e que a seu governo trabalharia para conter a guerra na Ucrânia, iniciada pela decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de determinar a invasão do país vizinho em fevereiro de 2022.

"Não estamos em guerra com ele e não quero estar em guerra com a Rússia de Vladimir Putin", disse Vance quando pressionado durante uma entrevista ao programa Meet the Press, da NBC, sobre se a Rússia é um inimigo. Vance disse que "temos que ter cuidado com a linguagem que usamos na diplomacia internacional. Podemos reconhecer, obviamente, que temos interesses adversários com a Rússia".

Vance evitou expressar apoio a novas sanções contra a Rússia, dizendo que o uso da ferramenta pelo governo atual para a invasão da Ucrânia pela Rússia não foi tão eficaz.

"Não acho que devemos reagir exageradamente a nada. O que deveríamos fazer é encorajar nossos cidadãos americanos a serem cuidadosos", disse Vance ao Face the Nation, da CBS. "Não confie em tudo o que você vê nas redes sociais. E, claro, devemos recuar quando for apropriado. Mas essa é a grande questão: qual é a resposta apropriada a um país que faz vídeos nas redes sociais? Não vou me comprometer com isso aqui mesmo."