Política
TRE, UFAL, MPF e SECTI se reúnem para debater ações no combate à desinformação
O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), o Ministério Público Federal (MPF), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (SECTI) avançam na parceria em torno da implantação do Observatório da Desinformação (OD) em Alagoas. Na última quinta-feira (24) representantes das quatro instituições detalharam o escopo do projeto que, na Ufal, reúne os Institutos de Computação e Ciências Sociais em torno do enfrentamento deste fenômeno que põe em risco a democracia, o funcionamento das instituições e a tomada de decisões, sem falar nos prejuízos à convivência, à saúde e a segurança dos indivíduos e da sociedade.
Além de interinstitucional, o Observatório é interdisciplinar e quer aproximar pesquisadores e outros agentes sociais, unindo esforços no combate às fake news, deepfakes e outras formas de desinformação cada vez mais convincentes em tempos de Inteligências Artificiais (IAs), crescentemente empregadas na produção de conteúdos no ambiente ainda pouco regulado da Internet, com as redes sociais. "Estamos empenhados em garantir que, em no máximo dois anos, Alagoas já possa contar com uma estrutura de checagem robusta que desminta as informações falsas em torno das eleições", afirmou Andréa Moreira, docente do ICS.
Para a coordenadora do Núcleo Interinstitucional de Enfrentamento da Desinformação (NED-TRE/AL), Flávia Gomes de Barros, "uma das preocupações centrais dos Tribunais Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral é preservar o sistema eleitoral do Brasil da difamação promovida por algumas forças políticas que usam a informação falsa como estratégia de campanha". Outros tipos de desinformação no processo eleitoral são objeto de atenção do Ministério Público Federal que, segundo Candice Almeida "também tem, no Observatório, um caminho para combater as mentiras fabricadas na disputa pelo voto".
A reunião desta quinta-feira do Observatório da DesInformação, teve, como anfitrião, o parceiro do projeto no seu aporte tecnológico, o Laboratório Orion, da Ufal, coordenado por André Aquino (docente do IC) e instalado no Centro de Tecnologia e Inovação do Jaraguá. "Os próximos passos a serem dados para a concretização do OD são uma definição do seu escopo inicial e seus possíveis desdobramentos e a estimativa de custos de implantação para que possam ser firmados os futuros convênios de cooperação interinstitucionais", adiantou André Aquino.
Até a próxima semana, os integrantes de um grupo de trabalho (GT) do Observatório, formado na reunião da última quinta, deverão fechar o escopo e estudar as cartas de intenções a serem assinadas pelas instituições financiadoras parceiras. Além dos colaboradores já citados, participam deste GT os professores Fábio Paraguaçu (pelo IC) e Ranulpho Paranhos (pelo ICS).
Mais lidas
-
1INDÚSTRIA BÉLICA
Capital privado não 'está à altura' de sanar Avibras e Estado tem que agir rápido, diz analista
-
2OTAN
'Armas-maravilha' não ajudaram a Ucrânia e este conflito vai acabar mal para OTAN, diz analista
-
3JORNADA DE TRABALHO
Fim da escala 6x1: 12 países que testaram com sucesso a redução na jornada de trabalho
-
4DEFESA
Análise: Índia tem equipamentos mais eficientes do que caças Tejas Mk1A a oferecer ao Brasil
-
5CULTURA
Curta produzido em Palmeira dos Índios é selecionado para a Mostra Sururu de Cinema Alagoano