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Planetário de Brasília tem exposição sobre nanossatélite feito na UnB
Geral, Planetário, nanossatélite, AlfaCrux
Uma réplica do primeiro nanossatélite produzido em Brasília ficará exposta no planetário Luiz Cruls, da capital federal, a partir desta quinta-feira (24). O AlfaCrux, que foi criado por uma equipe de professores e alunos da Universidade de Brasília (UnB), ficou na órbita da Terra de abril de 2022 até abril deste ano.
O equipamento coletou dados sobre queimadas e desmatamento na Amazônia e no Cerrado. O professor da UnB, Geovany Borges, que participa da iniciativa, diz que o maior legado é o conhecimento.
“A satisfação de qualquer projeto de pesquisa é você ver que a coisa está funcionando e está atendendo a o que a gente esperava. O mais importante do AlfaCrux é que foi uma qualificação da equipe, é aquela coisa do saber fazer que foi bastante desenvolvida. Nós temos infraestrutura que foi montada para dar continuação, que é o projeto voltado para o monitoramento ambiental”, diz o professor.
O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, Marco Antônio Costa Júnior, diz que os dados coletados vão ajudar a lidar com problemas ambientais da região. “Esses dados estão sendo analisados para poder tirar conclusões para soluções viáveis para esses problemas que assolam o Distrito Federal, o Cerrado, enfim, este ano o Brasil inteiro”.
O Brasil tem dez satélites em órbita atualmente. O presidente da Agência Espacial Brasileira, Marcos Chamom, avalia que o AlfaCrux é um dos que tem melhor resultado. Ele espera mais projetos nessa linha.
“As Universidades vão ser chamadas a fazer mais trabalhos desse tipo, tem algumas que já estão trabalhando. Nós temos sete cursos de graduação e pós-graduação aero espaciais no Brasil, eu acho que todas essas universidades deveriam trabalhar com isso. Então, eu acho que isso tende a crescer muito no país”, avalia Chamom.
A exposição no planetário de Brasília tem painéis interativos, vídeo na cúpula 360 que mostra o lançamento e a réplica do satélite, em formato de um cubo com 10 cm de lado e pesando cerca de 1 kg. O original se desintegrou na atmosfera quando a missão terminou.
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