Economia

Galípolo tem maior votação para presidência do BC no Senado desde Chico Lopes, que ficou menos de um mês no cargo

Economista indicado por Lula teve 66 votos a favor

Agência O Globo - 08/10/2024
Galípolo tem maior votação para presidência do BC no Senado desde Chico Lopes, que ficou menos de um mês no cargo
Galípolo tem maior votação para presidência do BC no Senado desde Chico Lopes, que ficou menos de um mês no cargo - Foto:

O economista Gabriel Galípolo teve a maior votação para a presidência do Banco Central (BC) desde a indicação de Chico Lopes por Fernando Henrique Cardoso, em 1999.

Galípolo teve 66 votos favoráveis e 5 contra. No caso de Lopes, foram 67 votos a favor e 3 contrários.

Mas Chico Lopes ficou no cargo por menos de um mês.

Assumiu no dia 13 de janeiro, elevando o teto das cotações do dólar. Depois, socorreu bancos, a desvalorização do real não conseguiu ser contida pelo BC, que passou a adotar o câmbio flutuante. Desgastado com a evolução dos acontecimentos, Lopes pediu demissão do BC em 1º de fevereiro.

Chico Lopes

Foram 67 votos a 3

Ficou no cargo apenas em janeiro de 1999

Armínio Fraga

Foi indicado no início do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Após uma sabatina que durou nove horas — com mais de 100 perguntas feitas por 39 senadores —, o economista foi aprovado por 57 votos a favor e 20 contrários.

Fraga exerceu a presidência do Banco Central entre março de 1999 e janeiro de 2003.

Henrique Meirelles

Por um acordo entre PT e PSDB na transição de governo, Meirelles teve sua indicação assinada por Fernando Henrique Cardoso, na conclusão do seu mandato, em 2002.

No plenário, foi aprovado por 39 a 12. Ele chefiou o banco entre o final de 2002 e o começo de 2011.

Alexandre Tombini

Alexandre Tombini assumiu o Banco Central na gestão da presidente Dilma Rousseff

No plenário, conseguiu 37 votos a favor e 7 contrários.

Tombini chefiou o BC entre 2011 e 2016, quando deixou o cargo após uma crise econômica e política.

Ilan Goldfajn

O economista Ilan Goldfajn foi indicado para comandar o Banco Central durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Sua indicação partiu do vice-presidente Michel Temer, que depois assumiria o cargo de presidente em definitivo.

Goldfajn teve seu nome aprovado por 56 votos a favor e 13 contrários no plenário.

Ele ficou no cargo até fevereiro de 2019, quando passou a presidência do BC para Campos Neto.

Roberto Campos Neto

Indicado por Jair Bolsonaro, o atual presidente do BC obteve 55 votos a favor e 6 contrários.