Política

Após soco em debate, assessor de Marçal terá de manter distância mínima de marqueteiro de Nunes

27/09/2024
Após soco em debate, assessor de Marçal terá de manter distância mínima de marqueteiro de Nunes
Após soco em debate, assessor de Marçal terá de manter distância mínima de marqueteiro de Nunes - Foto: Instagram - @pablomarcal1

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que Nahuel Gomes Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB), mantenha uma distância mínima de 10 metros do marqueteiro Duda Lima, que integra a campanha de Ricardo Nunes (MDB), durante os debates eleitorais. Fora desses eventos, a distância exigida é maior: Medina deve permanecer a pelo menos 300 metros de Lima e evitar qualquer local onde ele esteja, independentemente de quem tenha chegado primeiro.

A Justiça também mandou que sejam organizadas entradas e saídas separadas para os dois em todos os eventos de campanha em que possam se encontrar, a fim de evitar novos confrontos. A decisão ocorre após Medina agredir o marqueteiro de Nunes com um soco no rosto no debate entre os candidatos organizado pelo Flow.

Procurada por meio da campanha de Marçal, a defesa de Medina ainda não havia se manifestado sobre a decisão até a publicação deste texto.

A medida cautelar foi concedida após a defesa de Duda Lima recorrer da decisão de primeira instância que havia negado o pedido inicial de proteção por considerar que o episódio de agressão foi um ato isolado e pontual. O Tribunal, no entanto, entendeu que a agressão contra o marqueteiro foi grave e que se soma à escalada de violência na campanha eleitoral.

"Existe nos autos afirmação de que Nahuel Gomes Medina já teria tentado agredir outras pessoas em outro debate. Porém, assistindo o link trazido aos autos, observa-se que ele se aproxima de terceiro que o desafia. Ou seja, não fica claro quem inicia ou busca um confronto físico. Porém, é certo de que ele agrediu, com gravidade ainda a ser verificada, o recorrente. Ainda que o recorrente tenha tentado retirar de suas mãos um celular, segundo Nahuel Gomes Medina, não se justifica uma agressão do grau que ocorreu, que se percebe pelas fotografias do rosto e pelos pontos que sofreu Eduardo Rodrigues de Lima", diz o relator do caso, Lauro Mens de Mello, complementando que "a isso se acrescenta a escalada de violência na campanha eleitoral, em especial nos debates, como é fato público e notório, o que deve ser coibido".

A decisão do tribunal permite que Medina continue participando dos debates para não prejudicar a campanha de Marçal. No entanto, para evitar novos confrontos, a Justiça deu orientações específicas aos organizadores dos eventos, como garantir entradas e saídas separadas para ambos e reforçar a segurança no local.

"A decisão da Justiça deixa claro, àqueles que deturpam a verdade, quem é o agressor e quem é a vítima. Foi uma agressão grave e covarde, que a Justiça já deixa evidente que não passará impune. Isso mostra para a população que pode confiar no poder judiciário, nas pessoas de bem e estabelecer a verdade dos fatos", diz o advogado de Duda Lima, Daniel Bialski.