A propaganda política da candidata a prefeita situacionista Júlia Duarte, indicada pelo ex-bolsonarista e atual prefeito-imperador Júlio César (MDB), contou com um vídeo de peso, que pode afundá-la de vez: o presidente Lula pedindo votos e enaltecendo programas como o Farmácia Popular e o Mais Médicos. No entanto, a realidade vivida pelos moradores de Palmeira dos Índios está muito distante da utopia pintada pela propaganda eleitoral de Lula.

No vídeo, Lula afirma que o governo federal está trazendo de volta programas essenciais como o Farmácia Popular e o Mais Médicos, que visam cuidar das pessoas e melhorar a vida da população. Mas, em Palmeira dos Índios, esses programas praticamente não existem. O Farmácia Popular, que deveria garantir acesso a medicamentos essenciais, está falido. A espera por remédios na cidade chega a seis meses, e a farmácia, que deveria ser uma solução para quem mais precisa, está de prateleiras vazias.

O cenário nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) é ainda mais desolador. A falta de médicos é uma realidade que desafia diariamente os moradores. A espera por atendimento nas UBS ultrapassa os oito meses, um verdadeiro descaso com a saúde pública. No entanto, a propaganda política tenta mascarar essa situação, vendendo uma imagem de que tudo está funcionando perfeitamente.

Distância entre a propaganda e a realidade

A fala do presidente Lula é clara: “Agora é hora de votar em quem vai nos ajudar a colocar a sua cidade no rumo certo”. Mas será que Júlia Duarte é a pessoa que vai colocar Palmeira dos Índios no “rumo certo”? Até agora, o que se vê são promessas vazias e uma gestão desastrosa que tem deixado a população à mercê de um sistema de saúde falido e ineficiente.

Enquanto o vídeo de campanha tenta convencer o eleitorado com discursos idealizados, a realidade é dura e implacável para os moradores de Palmeira dos Índios, que enfrentam um caos na saúde pública e um sistema que não atende às suas necessidades básicas.

Afinal, de que adianta um discurso sobre programas de governo que, na prática, simplesmente não funcionam na cidade? É preciso muito mais do que palavras bonitas e apelos políticos para transformar a realidade da população que sofre com a falta de medicamentos e a precariedade dos serviços de saúde.