Política
Elmar chega para reunião com Lira sobre sucessão à presidência da Câmara
O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), chegou à residência oficial da Câmara no início da tarde desta quarta-feira para uma reunião com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), sobra a sucessão no cargo.
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Elmar era visto como o nome preferido de Lira para a disputa, mas uma reviravolta na terça-feira deu novos contornos para a eleição. O deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, desistiu da disputa, em uma manobra para abrir espaço para um consenso em torno de Hugo Motta (Republicanos-PB).
Integrantes do Palácio do Planalto entendem que Hugo Motta reúne condições de construir um acordo para ser o candidato de consenso da maioria da Câmara.
A equipe de articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que não há veto a nenhum dos candidatos que estão postos, mas há um entendimento de que Elmar, apesar de ter avançado na sinalização de apoio de líderes partidários, tem dificuldade em conseguir o apoio da maioria da Câmara. Por outro lado, Motta é apontado como um nome mais aglutinador.
Rival do PT na Bahia, Elmar tem tentado amenizar as rusgas antigas com o governo federal e conseguiu se aproximar do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ainda assim, parte dos deputados, inclusive dentro do União Brasil, dizem que o líder partidário tem dificuldade em ter proximidade com deputados menos expressivos em termos de relevância política, mas que representam um grande número na Casa.
Embora Marcos Pereira tenha articulado a candidatura desde o ano passado, o nome de Motta como alternativa sempre foi citado por dirigentes partidários e parlamentares. Assim como Elmar, o líder do Republicanos é próximo de Lira. Motta e o chefe da Casa já estiveram juntos como parte da tropa de choque do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
A desistência de Marcos Pereira aconteceu após o presidente do PSD, Gilberto Kassab, não aceitar retirar a candidatura de Brito ao comando da Casa. Pereira tinha a esperança de unir os candidatos rivais de Elmar em torno dele, mas o chefe do PSD não quis um acordo.
Na avaliação do presidente do Republicanos, a posição de Kassab ajudaria Elmar. Pereira temia que, posteriormente, o PSD abrisse mão da candidatura e apoiasse o líder do União Brasil. Para desmontar essa articulação, o presidente do partido decidiu apoiar Motta, nome que também é próximo de Lira e pode esvaziar a candidatura de Elmar.
Apesar do apoio de Pereira a Motta, integrantes do União Brasil avaliam que Elmar não vai se retirar da disputa.
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