Política
Rompido com Castro, vice-governador Thiago Pampolha divide palanque com Paes e ganha elogios
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O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD) dividiu palanque nesta segunda-feira com o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) no lançamento da candidatura do vereador Renato Moura (MDB). Após trocar farpas publicamente com o governador Cláudio Castro, Paes fez elogios ao vice. Rompido com Castro, Pampolha também não acompanha o MDB, que está na coligação de Alexandre Ramagem (PL), adversário do prefeito na corrida municipal.
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Em uma postagem no Instagram, o prefeito elogia o vice-governador e diz que é uma "alegria enorme poder dividir o palanque" com ele. Apesar de não declarar voto oficialmente em Paes, Pampolha posou sorridente ao lado do prefeito no evento.
— Participei na noite de hoje do lançamento da candidatura do Renato Moura, que foi meu secretário de Cidadania. Uma alegria enorme poder dividir o palanque dessa festa com o vice-governador Thiago Pampolha. Obrigado por sua confiança, Pampolha. Seguimos juntos! — escreveu Paes na legenda da foto.
Ao longo do evento, Paes não recebeu declarações explícitas de voto no palco. No entanto, muitos candidatos a vereador filiados à sigla, como Renato Moura, estão comprometidos com a reeleição do prefeito.
Rompimento de Castro e Pampolha
Desde que o governador e o vice romperam politicamente, os dois pouco se falaram. Quando isso acontece, o contato se dá de forma protocolar: congratulações mútuas pelo aniversário de um e de outro, cumprimentos frios em solenidades e uma ligação do chefe do Executivo estadual para dar parabéns ao vice pelo nascimento da filha. Nada de conversas sobre política.
Cinco meses se passaram desde a demissão de Pampolha da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade, mas a dupla segue afastada, com projetos distintos para as eleições de 2024 e 2026. No Palácio Guanabara, quase não se cruzam, já que — de forma invertida — Castro despacha do anexo geralmente usado pelos vices, enquanto Pampolha tem sala no edifício principal.
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Sem a secretaria, Pampolha não ficou com nenhuma função específica no governo, mas costuma ir ao Guanabara duas a três vezes por semana. Além de conversar com prefeitos e deputados com quem tem boa relação, dedica-se ao MDB, ao qual se filiou no início do ano.
A escolha foi um dos pivôs do rompimento com o governador, que queria que ele permanecesse no União Brasil, controlado no estado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, que, assim como o vice de Castro, pretende ser candidato ao governo em 2026.
Na nova sigla, Pampolha assumiu o cargo de vice no comando do diretório municipal, conduziu filiações na última janela partidária e ajudou a preparar as candidaturas do partido para as eleições de outubro. Para a prefeitura do Rio, ele defendia que o MDB tivesse a candidatura própria de Otoni de Paula, que hoje apoia abertamente Paes.
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