Internacional
Fábrica alemã admite ter utilizado mais trabalho escravo do que estimava durante o nazismo
Cerca de 800 pessoas provenientes da Polônia e da Ucrânia teriam trabalhado de maneira forçada entre 1940 e 1945; estudo foi encomendado pela própria companhia

O fabricante alemão de biscoitos Bahlsen utilizou, durante o nazismo, mais trabalhadores escravizados do que se sabia até agora, anunciou a empresa nesta quinta-feira. Os dados foram obtidos por meio de um estudo encomendado pela própria companhia. De acordo com o relatório, cerca de 800 pessoas provenientes da Polônia e da Ucrânia teriam trabalhado de maneira forçada entre 1940 e 1945.
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O número é muito maior do que a estimativa anterior, de 200 a 250. Em comunicado, a família Bahlsen escreveu que "a verdade sobre o que aconteceu naquela época (durante o nazismo da Segunda Guerra Mundial) é desconfortável e dolorosa". O estudo, disseram, "mostra que nossos antepassados e os atores da época se beneficiaram do sistema durante o período nazista".
Os trabalhadores forçados foram empregados para produzir rações alimentares para o Exército alemão. Os herdeiros da família Bahlsen afirmaram que até agora não conheciam muitos detalhes sobre a história da empresa e que nunca haviam se perguntado como ela pôde operar e sobreviver durante a Segunda Guerra Mundial.
O estudo, conduzido pelos historiadores Manfred Grieger e Hartmut Berghoff, foi encomendado depois que uma jovem herdeira da companhia, Verena Bahlsen, provocou uma polêmica em maio de 2019 ao minimizar publicamente os sofrimentos dos trabalhadores forçados empregados pela empresa durante a era nazista.
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