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Doping após brincar com bebê? Conheça história que tirou Rafaela Silva campeã olímpica da última edição
Medalha de ouro no Rio em 2016, a lutadora volta aos Jogos de Paris após suspensão que a deixou fora da edição em Tóquio

Após conquistar uma prata e ouro no final de semana, o judô brasileiro voltará à disputa de mais um pódio nesta segunda-feira com Rafaela Silva, que venceu sua chave na categoria até 57 quilos e se classificou para as semifinais. Se a brasileira passar pela sul coreana, Huh Mimi, poderá chegar à final e tentar levar para casa o seu segundo ouro olímpico — venceu no Rio em 2016 — desde a suspensão por doping que a deixou fora da disputa em Tóquio e que ela discorda do julgamento até hoje.
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Relembre o caso
Em 2019, Rafaela era a campeã olímpica e um dos principais nomes a ser batido no judô internacional. Em ciclo para a disputa dos Jogos que seriam em 2020, a lutadora disputou e ganhou o ouro no Jogos Pan-Americanos de Lima, Peru.
Mas na mesma competição foi submetida a um teste antidoping que deu positivo para a substância fenoterol, um broncodilatador usado para doenças respiratórias como asma, mas proibido pela Wada (a agência internacional antidopagem). Ele provoca uma melhor troca gasosa entre o sangue e o pulmão e por isso, pode aumentar a performance do atleta.
Sua defesa argumentou que não teria ocorrido um uso intencional da substância proibida e sim uma infeliz coincidência após a judoca entrar em contato com Lara, a filha de sete meses da amiga e também judoca Flávia Rodrigues, do Instituto Reação— projeto social em que Rafaela se formou como atleta da modalidade.
A criança teria feito o uso de fenoterol por ser asmática e a judoca teria testado positivo por conta de uma brincadeira em que a menina teria chupado o seu nariz, logo, a fazendo inalar a substância.
Rafaela Silva: 'Estou na minha melhor versão'
Após julgamento, a péssima notícia para a atleta veio no ano seguinte: suspensão por dois anos. Com isso, a lutadora ficou de fora da disputa em Tóquio e perdeu a chance de defender a sua medalha.
Disputa em Paris-2024
A expectativa sobre o desempenho da lutadora em seu retorno era incerta. Mesmo com uma grande carreira como campeã, o tempo em inatividade pesou na percepção de especialistas, por isso, o Medalhômetro apontava a judoca apenas com 57% de chances de subir ao pódio.
Ainda assim, com chegada dominante na Cidade Luz, Rafaela derrotou Maysa Pardayeva, do Turcomenistão, nas oitavas de final com uma finalização e, depois Eteri Liparterliani, da Geórgia, nas quartas, com um waza-ari. O tempo total que ela gastou no tatame (1 minuto e 56 segundos) não completou a duração de uma luta (4 minutos).
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