Internacional
Aeronaves russas e chinesas são interceptadas em espaço aéreo americano pela primeira vez e preocupam especialistas; entenda
Defesa aérea norte-americana nega ameaças; pesquisadores classificaram incidente inédito como 'preocupante'

Caças norte-americanos detectaram e interceptaram quatro aeronaves de bombardeio nuclear da China e da Rússia que sobrevoavam o Alasca na noite desta quarta-feira. A informação foi confirmada pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, sigla em inglês), que identificaram as ameaças com satélites e radares em operação conjunta com o Canadá.
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O governo americano negou que as aeronaves tenham sobrevoado território estadunidense ou canadense, alegando que eles foram detectados apenas na "zona de identificação de defesa aérea" do Alasca (ADIZ, em inglês). As ADIZ são zonas de espaço aéreo internacional em que movimentos de voo são monitorados em busca de possíveis ameaças à segurança.
Entenda o confronto:
Em nota, o comando afirmou que continuará monitorando presença estrangeira no espaço aéreo americano e que vai responder "presença com presença".
Especialistas consultados pelo jornal The Financial Times afirmaram que a ação foi feita perto do Alasca de forma calculada. Para o professor de segurança nacional e estudos estratégicos da Universidade Curtin, na Austrália, afirmou que o objetivo é "continuar pressionando os Estados Unidos na região ártica". Outro especialista em operações militares conjuntas, Alexander Korolev, disse que o voo é inédito e preocupante.
"Não é incomum que bombardeiros russos voando pela ADIZ [do Alasca] sejam interceptados, mas acredito que esta seja a primeira ocorrência de um voo conjunto russo e chinês nessa zona".
Um representante chinês se manifestou, dizendo que a patrulha de cinco horas não era relacionada à "situação internacional atual". Já o governo russo afirmou que a ação foi feita conforme os estatutos legais internacionais e que não violou o espaço aéreo de nenhum país. A ação marca uma intensificação na cooperação entre os dois países em operações militares.
Caças F-35s, F-16s e F-18s americanos e canadenses identificaram dois bombardeiros russos Tupolev TU-95 e dois bombardeiros chineses Xi'an H-6.
Segundo especialistas, exercícios e patrulhas conjuntas podem oferecer experiência prática ao exército chinês, que não luta uma guerra desde 1979.
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