Internacional

Grécia investiga ovelhas 'enterradas vivas' para combater peste ovina; entenda

Mais de 2,4 mil ovelhas foram mortas, de acordo com o Ministério da Agricultura da Grécia, após surto da peste encontrada pela primeira vez no país

Agência O Globo - 25/07/2024
Grécia investiga ovelhas 'enterradas vivas' para combater peste ovina; entenda

O governador da Tessália, região central da Grécia, pediu nesta quinta-feira (25) uma investigação sobre as ovelhas que teriam sido “enterradas vivas” após o surto de peste ovina e caprina na região. Mais de 2,4 mil ovelhas foram mortas, de acordo com o Ministério da Agricultura da Grécia, que afirmou ser a primeira vez que a doença foi detectada no país.

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— Apresentei uma queixa ao Ministério Público após receber uma denúncia de que animais vivos foram enterrados, o que é um assunto muito sério e merece uma investigação completa — disse Dimitris Kuretas, governador da Tessália, à AFP. Ele também anunciou a substituição de um supervisor veterinário em sua região e solicitou uma investigação administrativa e disciplinar.

Há duas semanas, as autoridades locais e o Ministério da Agricultura vêm tentando conter um surto de peste ovina e caprina perto das cidades tessalianas de Trikala e Kalabaka. Conhecida como peste dos pequenos ruminantes (PPR), a doença é altamente contagiosa em ovelhas e cabras, mas não afeta os seres humanos. A carne e o leite pasteurizados também podem ser consumidos com segurança, de acordo com as autoridades.

Até o momento, mais de 2,4 mil ovelhas foram abatidas e os matadouros locais foram temporariamente fechados, de acordo com o Ministério da Agricultura da Grécia, que afirmou ser a primeira vez que a doença foi detectada no país. A Tessália foi atingida no ano passado pela tempestade Daniel, que causou inundações catastróficas durante as quais dezenas de milhares de animais, inclusive ovelhas, morreram.

Agricultores e autoridades disseram que a doença provavelmente foi introduzida no país por animais importados após a tempestade. O ministro da Agricultura, Costas Tsiaras, enfatizou que os agricultores “aumentaram as importações de animais” de países da União Europeia e de fora dela depois que seus rebanhos foram dizimados.