Dois kibutzim israelenses anunciaram nesta quarta-feira a repatriação dos corpos de dois reféns, cujas mortes já haviam sido anunciadas anteriormente pelo Exército. Em um comunicado separado, os militares confirmaram que, em uma operação de resgate trouxeram para Israel os cadáveres de Maya Goren e Oren Goldin, sequestrados pelo grupo terrorista Hamas nas colônias agrícolas de Nir Oz e Nir Yitzhak.

"Fomos informados esta noite de que o corpo de Maya Goren foi encontrado durante uma operação de resgate do Exército. Após mais de nove meses, ela poderá retornar para casa e ser enterrada", indicou o comunicado dos kibutzim.

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O Exército havia informado à família de Maya em 1º de dezembro que ela estava morta e que seu corpo permanecia no território palestino. Seu marido, Avner Goren, morreu durante o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro. No mesmo kibutz, mais de 72 pessoas foram sequestradas naquele dia.

Mais tarde, o kibutz Nir Yitzhak anunciou que havia "sido informado da operação de resgate do corpo de Oren Goldin, membro da equipe de emergência do kibutz, morto em 7 de outubro", e que foi levado para Israel.

Os anúncios acontecem no momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está em Washington a pedido de congressistas republicanos. Ele discursou ao Congresso americano nesta quarta-feira enquanto manifestantes pró-Palestina protestavam do lado de fora. Familiares de reféns também protestaram hoje do lado de fora da Embaixada americana em Tel Aviv exigindo um avanço nas negociações.

Durante o discurso, Netanyahu não fez menção às negociações de cessar-fogo, apesar de meses de pressão internacional para chegar a um acordo, dizendo apenas que a guerra poderia terminar "se o Hamas se rendesse, desarmasse e devolvesse os reféns".

Há dois dias, o Fórum de Famílias dos Reféns e Desaparecidos anunciou a morte de outros dois reféns: Yagev Buchstab, de 35 anos, e Alex Dancyg, de 76. O fórum destacou que as mortes dos reféns em cativeiro são "um reflexo trágico das consequências dos atrasos nas negociações".

No ataque do Hamas no sul de Israel, morreram 1.197 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses. Das 251 pessoas sequestradas, 115 ainda estão retidas em Gaza, das quais o Exército israelense estima que 42 tenham falecido.

Israel lançou como resposta uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que deixou até o momento mais de 39 mil mortos, principalmente civis, segundo números do Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.