Envolvida em polêmicas desde o início de sua pré-candidatura, Julia Duarte, tia do atual prefeito Julio Cezar, enfrenta mais um desafio. Apontada por adversários de estar envolvida em uma pesquisa eleitoral irregular, a candidata novamente escolheu o silêncio como resposta. A estratégia de marketing da campanha de Julia tem sido clara: blindá-la de pronunciamentos públicos e entrevistas, supostamente devido à sua falta de preparo para enfrentar debates e discutir temas cruciais de gestão pública.

Silêncio estratégico ou medo de enfrentar o debate?

Julia Duarte, professora do ensino fundamental, só se apresenta nas redes sociais após ensaios exaustivos, conforme fontes próximas à campanha. A ausência de declarações espontâneas, a negativa para entrevistas em veículos de comunicação independentes  e a falta de participação em debates públicos levantam questionamentos sobre sua capacidade de governar e enfrentar os desafios administrativos do município.

Prefeito-Imperador em cena

No lugar de Julia, quem tem aparecido para defender a campanha é seu sobrinho, Julio Cezar, conhecido como o prefeito-imperador. Impedido pela legislação de disputar um terceiro mandato, Julio Cezar está envolvido em uma série de problemas de gestão. Entre os mais graves estão uma dívida milionária com a Receita Federal, a falta de prestação de contas de R$103 milhões da CASAL e a não explicação do destino dos recursos para combater a Covid-19, além de outros escândalos de ordem pessoal.

Questionamentos sobre a credibilidade

A falta de transparência e a dependência de ensaios para aparições públicas de Julia Duarte geram desconfiança entre os eleitores. Como confiar em uma candidata que não expõe suas ideias de forma espontânea? Precisa de ensaio para se apresentar, como se estivesse em uma peça de teatro ou circo? A questão que fica é: quem será o "palhaço" desse picadeiro eleitoral?

Reflexões finais

O eleitorado de Palmeira dos Índios merece clareza e competência de seus candidatos. A estratégia de blindar Julia Duarte pode se voltar contra sua campanha, caso os eleitores percebam a falta de preparo e espontaneidade como sinais de incapacidade administrativa. A verdadeira prova de liderança e capacidade de governar está na transparência e na disposição de enfrentar questões difíceis de frente, algo que, até o momento, a pré-candidata Julia Duarte não demonstrou.