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Vídeo aparenta mostrar atirador em comício poucas horas antes de atentado contra Donald Trump

Atirador foi identificado como Thomas Matthew Crooks, jovem de 20 anos da cidade de Bethel Park, na Pensilvânia e morto pelo FBI

Agência O Globo - 17/07/2024
Vídeo aparenta mostrar atirador em comício poucas horas antes de atentado contra Donald Trump
Vídeo aparenta mostrar atirador em comício poucas horas antes de atentado contra Donald Trump - Foto: Reprodução/internet

Um vídeo divulgado aparenta mostrar o jovem apontado como atirador de Donald Trump, no último sábado, no comício em Butler, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, poucas horas antes do atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à Presidência. A motivação por trás do ataque, porém, segue sem resposta.

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As imagens obtidas pela WTAE, afiliada da ABC na Pensilvânia, supostamente mostra Thomas Crooks próximo ao prédio que ele escalaria logo após para realizar o ataque. No momento que ele é flagrado, o jovem não aparece com a arma visível.

Veja vídeo:

As autoridades policiais identificaram Thomas Matthew Crooks, jovem de 20 anos da cidade de Bethel Park, na Pensilvânia, como o franco-atirador que tentou matar o ex-presidente. Crooks havia se formado há dois meses na Faculdade Comunitária do Condado de Allegheny em Ciências da Engenharia, segundo funcionários da instituição. Ele trabalhava como assistente de nutrição no Centro de Enfermagem e Reabilitação Bethel Park Skilled.

Logo após o atentado, algumas pessoas na multidão disseram aos repórteres que tentaram alertar a polícia de que havia um homem suspeito em um telhado próximo. Um vídeo publicado nas redes sociais e analisado pelo Washington Post confirma os relatos. As imagens mostram várias testemunhas gritando e direcionando pelo menos um policial para o telhado de uma empresa vizinha, a Agr International, que fabrica equipamentos industriais, quase um minuto e meio antes dos disparos.

De acordo com o Post, um homem grita no vídeo “Oficial! Oficial!” enquanto outros apontam para o prédio. “Ele está no telhado!”, diz uma mulher. A filmagem também mostra um policial em um uniforme preto olhando para o topo do edifício.

Relatos de antigos colegas de escola indicaram que Crooks sofria bullying por ter dificuldades de se encaixar, mas que parecia um garoto inteligente. Em coletiva, autoridades do FBI disseram não ter encontrando indicativos de que ele sofria algum tipo de transtorno mental.

O FBI não encontrou também nenhuma evidência de condutas ameaçadoras on-line ou vínculos com uma ideologia específica — embora ele estivesse registrado como eleitor do Partido Republicano. A rede social Discord disse ter identificado e excluído uma conta ligada ao atirador. "Ela raramente era utilizada, não era usada há meses e não encontramos nenhuma evidência de que tenha sido usada para planejar esse incidente, promover a violência ou discutir suas opiniões políticas", disse a empresa em comunicado.

De acordo com Kevin Rojek, oficial do FBI em Pittsburgh que está liderando a investigação, as autoridades acreditam que Crooks — que foi morto por atiradores de elite — agiu sozinho e que não há outras ameaças à segurança pública.

48 horas antes do atentado

Nas 48 horas antes de atirar contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump durante um comício na Pensilvânia, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, fez uma série de paradas em sua cidade natal, no subúrbio de Pittsburgh, e nos arredores.

De acordo com funcionários citados pela rede americana CNN, na sexta-feira, Crooks foi a um campo de tiro do qual era membro e praticou disparos. Na manhã seguinte, foi a uma loja da varejista Home Depot, onde comprou uma escada de 1,5 metro, e a uma loja de armas, onde comprou 50 cartuchos de munição, acrescentou a fonte.

Em seguida, dirigiu seu Hyundai Sonata por cerca de uma hora para o norte, juntando-se a milhares de pessoas de toda a região que foram ao comício de Trump em Butler, na Pensilvânia. Ele estacionou o carro do lado de fora do evento, com um dispositivo explosivo improvisado escondido no porta-malas que estava conectado a um transmissor que ele carregava, disse a autoridade. Depois, segundo os investigadores, ele usou sua escada recém-comprada para escalar um prédio próximo e abriu fogo contra o ex-presidente antes de ser morto pela polícia.