Internacional
Zelensky diz que ataques russos mataram 43 na Ucrânia, aumentando o número de vítimas
Presidente ucraniano deu declaração nas proximidades de uma cúpula da OTAN; antes, falava-se em 37 vítimas
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira, à margem de uma cúpula da OTAN em Washington, que 43 pessoas foram mortas nos ataques russos de segunda-feira na Ucrânia, aumentando o número de vítimas de 37 para 43 mortos.
Mundo: Rússia acompanha com 'atenção máxima' cúpula da Otan que deve tratar sobre apoio à Ucrânia
"Quarenta e três pessoas foram mortas por este ataque", disse Zelensky em um discurso a um centro de reflexão.
O ataque no início da semana atingiu um hospital infantil em Kiev, considerado a principal instituição pediátrica do país. Ao todo, 170 pessoas ficaram feridas.
A reunião de cúpula da Otan, que reúne os líderes da aliança ocidental em Washington, começou nesta terça-feira. Ontem, o Kremlin anunciou que vai acompanhar com "atenção máxima", argumentando que o grupo de países enxerga Moscou como um "inimigo". Diante de possíveis trocas de poder nos países da aliança, o grupo terá o apoio continuado à Ucrânia como um dos principais temas em pauta.
A chefe interina de ajuda humanitária da ONU chamou de “crimes de guerra” os ataques contra instalações médicas na Ucrânia.
— Estes incidentes fazem parte de um padrão profundamente preocupante de ataques sistemáticos que prejudicam os cuidados de saúde e outras infraestruturas civis em toda a Ucrânia. E os ataques intensificaram-se desde a primavera de 2024 [no Hemisfério Norte] — afirmou Joyce Msuya, diante dos representantes dos países do Conselho. — Direcionar, de maneira intencional, ataques contra um hospital protegido é um crime de guerra, e seus autores devem ser responsabilizados.
O Exército russo alvejou cinco regiões ucranianas com mísseis de diferentes tipos, afirmou Zelensky na segunda-feira nas redes sociais. Ele anunciou que, "no momento, todos estão ajudando a remover os escombros, tanto médicos quanto pessoas comuns". Mais tarde, o presidente confirmou 37 mortos, incluindo três crianças, e que mais de 100 locais foram danificados, incluindo "um hospital infantil, casas comuns, creches, maternidade, faculdade e um centro comercial".
"Os terroristas russos devem responder por isso. A mera preocupação não impede o terror. A compaixão não é uma arma. É necessário abater os mísseis russos. É necessário destruir os aviões de combate russos onde eles estão baseados. É necessário tomar medidas fortes que não deixem qualquer défice de segurança", escreveu Zelensky. "O mundo tem o poder necessário para isso. Os aliados são capazes de fazer isso. E soluções são necessárias o mais rápido possível."
Em Kiev, pelo menos 22 pessoas morreram e 72 ficaram feridas — no Hospital Infantil Okhmatdyt, foram dois mortos e 16 feridos, de acordo com as autoridades locais, incluindo sete crianças. Ainda não está claro quantas pessoas estavam no prédio no momento do ataque. Incêndios foram reportados em outros pontos da capital ucraniana.
"As autoridades da cidade [Kiev] declaram o dia 9 de julho como o Dia de Luto na capital em conexão com o ataque terrorista russo a instalações civis em Kiev. Neste dia, bandeiras serão hasteadas a meio mastro em todos os prédios municipais da cidade. Também é recomendado baixar bandeiras estaduais em edifícios estatais e privados", escreveu no Telegram o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko.
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