Geral

Ozempic e mais: Biden pede a farmacêuticas que baixem preços de medicamentos para diabetes e obesidade; entenda

Pacientes americanos estariam pagando muito mais do que os de países como Canadá, Alemanha e Dinamarca por medicamentos como Ozempic, para diabetes tipo 2, e Wegovy

Agência O Globo - 02/07/2024
Ozempic e mais: Biden pede a farmacêuticas que baixem preços de medicamentos para diabetes e obesidade; entenda
Ozempic - Foto: Arquivo/CFF

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta terça-feira, que as gigantes farmacêuticas Novo Nordisk e Eli Lilly reduzam os preços dos medicamentos para diabetes e obesidade, dizendo que as empresas devem parar de "enganar" os americanos. O presidente e o senador Bernie Sanders argumentam, em um artigo, que os pacientes americanos pagam muito mais do que os do Canadá, Alemanha e Dinamarca por medicamentos como o Ozempic, para diabetes tipo 2, e o Wegovy, usado para tratar a obesidade e para perda de peso.

Idade impede alguém de trabalhar? Médicos apontam prós e contras de profissionais com mais de 80 anos, como Biden

Hepatite A: surto em Curitiba chega a 366 casos e 5 mortes, com 60% dos pacientes internados; saiba como se proteger

"Por que as pessoas em Burlington, Vermont, pagam muito mais pelo mesmo medicamento do que as pessoas em Copenhague ou Berlim?", escreveram Biden e Sanders no artigo, publicado no USA Today.

De acordo com um estudo, o suprimento de um mês de Ozempic custa US$ 936 (R$ 5.300) nos Estados Unidos, cinco e nove vezes mais do que no Canadá (US$ 169 ou R$ 957) e na Alemanha (US$ 103 ou R$ 606), respectivamente. A Eli Lilly Pharmaceuticals também cobra "preços excessivamente altos" pelo Mounjaro, um medicamento semelhante ao Ozempic.

Esses "preços excessivos" tornam os medicamentos inacessíveis para milhões de americanos, acrescentou o texto de Biden e Sanders, que preside o comitê de saúde do Senado.

"Se os preços desses medicamentos não forem substancialmente reduzidos, eles têm o potencial de quebrar o sistema de saúde dos Estados Unidos", acrescentaram o presidente e o senador. "Não permitiremos que isso aconteça."

A Novo Nordisk e a Eli Lilly não responderam aos pedidos de informação da AFP. Biden, que está buscando a reeleição em novembro, concentrou sua campanha na redução de custos no setor de saúde, que há muito tempo sofre com o problema dos altos preços dos medicamentos prescritos.

O artigo foi publicado dias depois que o péssimo desempenho de Biden no primeiro debate presidencial contra o republicano Donald Trump provocou temores entre os democratas antes da eleição.