Esportes

Condado de Nova York aprova lei para barrar mulheres trans de treinar em instalações esportivas

De maioria republicana, Nassau proibirá equipes femininas de usar espaços a menos que excluam atletas transexuais

Agência O Globo - 26/06/2024
Condado de Nova York aprova lei para barrar mulheres trans de treinar em instalações esportivas

A câmara legislativa de Nassau, em Nova York, nos Estados Unidos, aprovou um projeto de lei que proíbe meninas e mulheres transgêneros — e as equipes de que elas participam — de treinar em instalações esportivas de propriedade do condado, a menos que seja em time misto ou masculino. A votação ocorreu nesta terça-feira e terminou com 12 votos a favor e cinco contra, de acordo com a NBC News. De maioria republicana, partido do ex-presidente Donald Trump, Nassau acatou a proposta quatro meses depois de uma semelhante ter sido barrada nos tribunais nova-iorquinos.

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Enquanto dentro da câmara a votação foi marcada pela presença de crianças com cartazes dizendo "Proteja os esportes femininos", do lado de fora houve protestos de pessoas contrárias à lei e que a consideram um retrocesso nos direitos humanos.

O projeto aprovado esta semana foi uma adaptação da ordem judicial criada pelo chefe do governo executivo do condado, Bruce Blakeman, em fevereiro. Na época, o político republicano tentou restringir o acesso de mulheres transgêneros especificamente aos parques de roller , modalidade de corrida sobre patins, que fossem propriedade de Long Island, ilha que abriga Nassau e mais três condados.

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A ordem foi contestada por uma equipe feminina local e barrada pelo procurador-geral de Nova York, por violar uma proibição estadual de discriminação com base no sexo ou identidade de gênero da pessoa. O tribunal nova iorquino concluiu que somente um órgão legislativo poderia aprovar ou não a medida. Blakeman recorre da decisão.

Paralelamente, ele criou o projeto mais abrangente que foi aprovado pelo Legislativo do condado de Nassau nesta terça-feira. Agora, aguarda ser sancionado por Blakeman. O político afirma que o projeto dará "justiça e segurança para as mulheres".