Economia
Aumento de Auxílio Brasil e Bolsa Família tiraram 18 milhões da pobreza, revela estudo
Brasileiros na linha da extrema pobreza também diminuiu, com destaque para região Nordeste

O aumento de valores pagos nos programas Auxílio Brasil e Bolsa Família tiraram quase 18 milhões de pessoas da linha da pobreza no Brasil entre 2021 e 2023, revelou uma pesquisa do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
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O Auxílio Brasil foi lançado, em 2021, em substituição ao Bolsa Família, com valor médio de R$ 400 por família. Já em 2022, o programa teve um acréscimo de R$ 200. No ano seguinte, o Novo Bolsa Família manteve o valor e incluiu ainda adicionais por criança.
Nesse período o número de pessoas na linha da pobreza caiu de 78,3 milhões, em 2021, para 60, 4 milhões, em 2023.
Coordenador do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste, da FGV IBRE, Flávio Ataliba diz que além do incremento do valor, a ampliação da cobertura também foi responsável pela redução da pobreza.
— O principal motivo foi o valor da transferência, que aumentou, e também a cobertura, que foi ampliada. Nós passamos, ali em 2022, de 19,2 milhões de famílias com cobertura para 21,3 milhões. Tanto o valor do benefício quanto a amplitude da cobertura aumentaram, e isso significa que um maior número de pessoas foi beneficiado pelo programa — comenta.
De acordo com a definição do Banco Mundial, está na linha da pobreza quem recebe menos de US$ 6,85 por dia. Já as pessoas que estão na linha da extrema pobreza recebem menos de US$2,15 por dia.
Redução de pessoas na extrema pobreza
Os auxílios também tiveram impacto na diminuição de brasileiros na linha da extrema pobreza, aponta o estudo. Em 2021, eram 19,2 milhões de pessoas na situação de maior vulnerabilidade, número que caiu pela metade ao fim de 2023, representando uma redução de 9,6 milhões de pessoa
Essa redução acentuada foi observada em todas as regiões do país. No entanto, o estudo destaca a região Nordeste, onde residiam 4,8 milhões de pessoas que saíram da linha da extrema pobreza, o que equivale a 50% da redução observada no país.
Ataliba comenta que a redução no Nordeste é maior justamente pelo número de pessoas atendidas pelo programa.
— Pelo fato de o Nordeste ter maior proporção de pessoas atendidas pelo programa, o impacto da ampliação do valor e da cobertura acontece de forma mais intensa na região.
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