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‘Falas de orgulho’ discute os desafios da comunidade LGBTQIAP+

Programa da TV Globo, com apresentação de Leilane Neubarth, traz dinâmicas de grupo e reportagem na rua em comemoração ao mês dedicado ao grupo

Agência O Globo - 21/06/2024
‘Falas de orgulho’ discute os desafios da comunidade LGBTQIAP+

Quais ângulos abordar para falar da população LGBTQIAP+, tão rica e diversa? Este era o desafio da equipe do “Falas de orgulho”, programa com apresentação de Leilane Neubarth que vai ao ar nesta sexta-feira (21) na TV Globo, logo após o “Globo repórter”, em comemoração ao mês dedicado ao grupo.

— O ponto de partida foi um estudo conduzido pela emissora que mostrou os principais valores para os brasileiros: trabalho e família. E a comunidade LGBTQIAP+ tem, justamente, esses direitos negados — diz a diretora do programa, Antonia Prado.

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Terceiro “Falas” do ano (o primeiro foi o “Falas femininas”, em março, e o segundo, “Falas da Terra”, em abril), este episódio segue a estratégia dos demais ao explorar situações da vida real em experimentos. Um deles é a “corrida de privilégios”, que mostra a diferença de oportunidades para diferentes orientações sexuais e gêneros.

— O experimento vem a calhar como um formato que consegue ilustrar, de forma muito simples, como uma situação existe, mas a gente não percebe — diz Antonia.

Outra forma de conseguir essa conexão ampla com audiência é o “povo fala”, ou seja, a reportagem que vai para a rua fazer perguntas às pessoas. Desta vez, diz a roteirista Veronica Debom, a equipe perguntou para casais heterossexuais se eles tinham, por exemplo, medo de se beijarem em público. Para muitos, o questionamento soou absurdo.

— Essa parte evidencia demais o abismo de direitos entre os héteros e os LGBTQIAP+ — diz Veronica.

Mas nem tudo são dores. Segundo Leilane, o segmento final do programa é dedicado a temas positivos.

— Não falamos só das dificuldades. Mostramos as alegrias, a força, a música, tudo que nos embala todos os dias também, em forma do prazer de ser quem somos, de amar quem amamos, da maneira como queremos — explica a jornalista.

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Ela usa a primeira pessoa do plural porque é bissexual. Na casa dos 60 anos, mãe de dois filhos, profissional com 45 anos de TV Globo, a jornalista consegue conversar com diversos públicos, na visão da equipe do programa.

Leilane Neubarth, por sua vez, acredita que sua presença traz credibilidade:

— Todo mundo tem na família, ou entre amigos, no trabalho, pessoas dessa comunidade. Tenho muitos privilégios, sou absolutamente aceita. Mas sei que isso não é assim para a maioria das pessoas.