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Bissexual, Leilane Neubarth apresenta 'Falas de orgulho': 'sou absolutamente aceita, mas sei que isso não é assim para a maioria'
Programa em homenagem ao mês LGBTQIAP+ vai ao ar na TV Globo neste dia 21, após o 'Globo Repórter'

Quais ângulos abordar num programa sobre a população LGBTQIAP+, tão rica e diversa? Este era o desafio da equipe do “Falas de orgulho”, no ar hoje na TV Globo, logo após o “Globo repórter” em comemoração ao mês dedicado ao grupo e com apresentação da jornalista da Globonews Leilane Neubarth. O ponto de partida foi, portanto, um estudo conduzido pela emissora que mostrou os principais valores para os brasileiros: trabalho e família.
—E a comunidade LGBTQIAP+ tem, justamente, esses direitos negados — diz a diretora do programa, Antonia Prado.
Terceiro “Falas” do ano (o primeiro foi o “Falas femininas”, em março, e o segundo, “Falas da Terra”,em abril), este episódio segue a estratégia dos demais ao explorar situações da vida real em experimentos. Um deles é a “corrida de privilégios” para ver quem consegue alcançar a dignidade.
—O projeto pressupõe um diálogo — diz Antonia. — Quer falar com pessoas que, às vezes, não pertencem àquele grupo. E o experimentovem a calhar como um formato que consegue ilustrar, de forma muito simples, como uma situação existe, mas a gente não percebe.
Outra forma de conseguir essa conexão ampla com audiência é o “povo fala”, ou seja, a reportagem que vai para a rua fazer perguntas às pessoas. Desta vez, diz a roteirista Veronica Debom, a equipe perguntou para casais heterossexuais se eles tinham,por exemplo, medo de se beijarem em público. Para muitos, o questionamento soou absurdo.
—Essa parte evidencia demais o abismo de direitos entre os héteros e os LGBTQIAP+ — diz Veronica.
Mas nem tudo são dores. Segundo Leilane, o segmento final do programa é dedicado a temas positivos.
— Não falamos só das dificuldades. Mostramos as alegrias, a força, a música, tudo que nos embala todos os dias também, em forma do prazer de ser quem somos, de amar quem amamos, da maneira como queremos.
A jornalista usa a primeira pessoa do plural porque é bissexual. Na casa dos 60 anos, mãe de dois filhos, profissional com 45 anos de TV Globo, ela consegue conversar com diversos públicos, na visão da equipe do programa. Ela,por sua vez, acredita que sua presença traz credibilidade.
— Todo mundo tem na família, ou entre amigos, no trabalho, pessoas dessa comunidade. Tenho muitos privilégios, não sofro preconceito na família, entre os amigos, na empresa onde trabalho. Sou absolutamente aceita. Mas sei que isso não é assim para a maioria das pessoas — diz Leilane. — Fiquei muito feliz de emprestar 45 anos de credibilidade no jornalismo para falar sobre essa nosso grupo que luta tanto.
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