Internacional
Porta-voz do Exército de Israel afirma que não é possível eliminar o Hamas
Comentários foram rebatidos pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, cujo governo declarou que ofensiva em Gaza não terminará até que o grupo seja derrotado

O porta-voz do Exército israelense afirmou nesta quarta-feira que o movimento terrorista Hamas, contra o qual luta em Gaza, não poderia ser eliminado, o que provocou uma reação imediata do governo, que reiterou seu compromisso de destruí-lo. A ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que começou após o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, não conseguiu erradicar o grupo do território devastado.
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"Hamas é uma ideologia, não podemos eliminar uma ideologia. Dizer que vamos fazer o Hamas desaparecer é jogar areia nos olhos das pessoas", declarou o contra-almirante Daniel Hagari à emissora israelense Canal 13. "Se não oferecermos uma alternativa, no final, teremos o Hamas no poder em Gaza", acrescentou Hagari.
Seus comentários foram rapidamente rebatidos pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cujo governo declarou que sua ofensiva em Gaza não terminará até que o Hamas seja derrotado.
"O gabinete político e de segurança liderado pelo primeiro-ministro Netanyahu definiu como um dos objetivos da guerra a destruição das capacidades militares e governamentais do Hamas", manifestou em um comunicado. "As FDI [Forças de Defesa de Israel, o exército] estão, obviamente, comprometidas com isso", acrescentou.
O exército emitiu outro comunicado no qual sublinhou que Hagari falou "sobre a destruição do Hamas como ideologia e ideia". Suas palavras foram "claras e explícitas", sustentou. "Qualquer outra declaração seria tirar as coisas de contexto", insistiu.
A guerra começou em 7 de outubro, quando integrantes do Hamas mataram 1.194 pessoas, na maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem sequestradas em Gaza, 41 das quais teriam morrido.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já deixou pelo menos 37.396 mortos em Gaza, também em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.
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