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Mostra de Cinema de Ouro Preto começa com homenagem a Alê Abreu e foco em animações brasileiras

19ª edição da CineOP irá homenagear o diretor de 'O menino e o mundo'

Agência O Globo - 19/06/2024
Mostra de Cinema de Ouro Preto começa com homenagem a Alê Abreu e foco em animações brasileiras
Mostra de Cinema de Ouro Preto começa com homenagem a Alê Abreu e foco em animações brasileiras - Foto: Reprodução / internet

A CineOP — Mostra de Cinema de Ouro Preto dá seu pontapé inicial em pleno Dia do Cinema Brasileiro, nesta quarta-feira (19), na tradicional cidade de Minas Gerais, dedicando uma atenção especial ao cinema de animação nacional.

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Em sua 19ª edição, o evento mineiro terá como grande homenageado o diretor Alê Abreu, conhecido pelo trabalho em "O menino e o mundo" (2014), animação brasileira indicada ao Oscar. O cineasta irá receber o Troféu Vila Rica e terá uma retrospectiva de suas obras ao longo da programação.

Abreu foi escolhido o homenageado diante da temática da CineOP 2024: "Cinema de animação no Brasil: uma perspectiva histórica". A mostra tradicionalmente tem a preservação e a história do cinema nacional em seus pilares. A curadoria de Cléber Eduardo e Fábio Yamaji busca jogar luz sobre a animação nacional, segmento geralmente ignorado quando se debate preservação e restauração no audiovisual nacional.

Entre sessões presenciais em on-line, a CineOP irá exibir 45 animações brasileiras, entre curtas e longas-metragens, produzidas entre 1929 e 2023. Filmes como "Macaco feio... macaco bonito" (1929), de Luis Seel e João Stamato, a animação brasileira mais antiga ainda preservada, e "Bizarros peixes das fossas abissais" (2023), de Marão, formam a programação.

Além de Abreu, Ouro Preto (MG) irá receber nomes importantes da animação brasileira como Otto Guerra, Nara Normande, Marco Arruda, Ingrid Wagner, Igor Bastos, Rosana Urbes, Sávio Leite , Catapreta, Wesley Rodrigues , Tânia Anaya, dentre outros.

Mas nem só de desenhos vive a CineOP 2024. A programação também conta com produções contemporâneas como "Agudás — Os brasileiros do Benin", de Aída Marques; "A portas fechadas", de João Pedro Bim; "Boom Shankar — O filme perdido de Guará", de Sergio Gag, "Pereio, eu te odeio", de Allan Sieber e Tasso Dourado, e "Othelo, o grande", de Lucas H. Rossi.

No campo da preservação do audiovisual, a mostra irá apresentar uma seleção de obras do acervo da Cineteca Nacional do Chile, instituição que se tornou referência nos últimos anos por seu trabalho de digitalização, restauração e acesso do patrimônio audiovisual chileno.

O cineasta italiano Mario Civelli (1923-1993), que imigrou para o Brasil em 1946 e produziu importantes títulos da cinematografia nacional, como "À meia-noite levarei sua alma", "Barravento" e "O caso dos irmãos Naves", também será celebrado no evento, com direito a uma exibição de "Uma vida para dois", produzido por Civelli e dirigido por Armando de Miranda e Sérgio Brito, em 1953.

A CineOP 2024 acontece até o dia 24 de junho.