O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, visitou uma fábrica de lítio na cidade de Perth, no Oeste da Austrália, nesta terça-feira, num sinal do interesse da China pelos "minerais críticos" australianos, necessários para as suas tecnologias de energia limpa.

Li encerrou sua visita de quatro dias com um tour pelas indústrias de energia de baixo carbono no estado da Austrália Ocidental.

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Ele visitou pela primeira vez a Tianqi Lithium Energy Australia, da qual um consórcio chinês possui 51% de participação acionária, incluindo uma mina e refinaria de lítio.

Ele também visitou um centro de pesquisa de energia limpa que usa "hidrogênio verde", aclamado como o combustível do futuro para tarefas pesadas, como fornos de fundição e caminhões.

A Austrália extrai 52% do lítio mundial e a maior parte dele é exportada para a China, para refino e uso em baterias, especialmente para a indústria de veículos elétricos.

A China investiu, nos últimos 20 anos, em minerais críticos na América Latina, África e Austrália, disse Marina Zhang, professora do Instituto de Relações Austrália-China, da Universidade de Tecnologia de Sydney. No entanto, ela considera que será difícil para o gigante asiático desenvolver cadeias de abastecimento independentes de minerais críticos a curto ou médio prazo.

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Zhang observou que os países ocidentais assumiram a posição de que o domínio chinês na cadeia de abastecimento de minerais críticos constitui uma “ameaça à segurança nacional”.

A China, por sua vez, defende que está investindo na sustentabilidade e na proteção ambiental, notou o analista.