Economia
Vendas de veículos zero quilômetro despencaram 64% em maio no Rio Grande do Sul
Participação do do estado nos emplacamentos do país recuou de 5,2% para 2,1%

As vendas de veículos zero quilômetro no Rio Grande do Sul caíram 64% em maio, efeito das tempestades que causaram a tragédia das inundações do estado. Os números foram divulgados nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), associação que representa as montadoras.
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Em abril, haviam sido vendidos 11.383 veículos novos do estado (5,2% do total vendido no país naquele mês) e em maio passado as vendas despencaram para 4.133 unidades (o equivalente a 2,1% do total vendido no país).
— Agora começamos a ter com mais clareza os efeitos que a inudação trouxe para as vendas, produção, fabricantes, fornecedores de autopeças, locadoras no Rio Grande do sul — disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, durante a divulgação dos números de maio do setor.
As vendas totais em maio de veículos novos no país atingiram 194 mil unidades, uma queda de 12% em relação a abril, quando foram emplacadas 221 mil unidades.
Já em relação à produção, o estado gaúcho deixou de fabricar 12 mil unidades no mês passado, segundo a Anfavea. A produção em maio no país atingiu 167 mil unidades, frente as 222 mil unidades produzidas pelas montadoras em abril passado, uma queda de 24,9%.
As fábricas localizadas no Rio Grande do Sul sofreram paralisações, como a da General Motors, em Gravataí, e a da Marcopolo, em Caxias do Sul. Mas unidades de outras montadoras que recebem peças fabricadas no Rio Grande do Sul também foram afetadas com redução ou paralisação temporária da produção. Até a unidade da Stellantis em Córdoba, na Argentina, acabou sendo afetada.
Produção ainda não foi retomada 100%
De acordo com Márcio de Lima Leite, o estado tem mais de 500 fornecedores de peças, além de 600 concessionárias, por isso o impacto foi grande sobre o setor. Ele disse que a produção ainda não está 100% retomada, mas vem melhorando a cada dia.
— A questão no Rio Grande do Sul é complexa e está sendo analisada dia a dia. Mas a produção começa a ser retomada, embora não esteja 100% — explicou.
Por enquanto, a Anfavea mantém as projeções de produção e vendas para este ano ano (2,4 milhões de unidades), mas no mês de julho a associação vai avaliar a situação e pode rever os números, disse Leite. Ele se mostrou otimista com as vendas diárias, que vêm mantendo ritmo acima de 9 mil unidades, o que pode ajudar a Anfavea a manter as projeções para este ano.
— Ainda é cedo para dizer a as projeções para o ano estão comprometidas. Estamos mantendo a estimativa, já que a média de vendas diárias se mantém forte. Em julho, vamos fazer uma revisão para ver se alteramos para baixo ou para cima — disse.
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