Internacional
Alpinista é condenado à prisão perpétua por agressões sexuais em parque dos EUA
Charles Barrett abusou repetidas vezes de uma mulher em reserva natural na Califórnia; outras três vítimas também testemunharam contra ele
O alpinista profissional Charles Barrett, de 40 anos, foi condenado nesta semana à prisão perpétua por agredir sexualmente uma mulher três vezes durante uma viagem de fim de semana em 2016 ao Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, nos Estados Unidos. Com um longo histórico de violência sexual, ele recebeu a pena máxima prevista para os crimes que cometeu.
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— Barrett usou sua posição de alpinista proeminente para agredir mulheres, e quando suas vítimas começaram a contar, respondeu atacando publicamente com ameaças e intimidação — afirmou o procurador dos EUA na Califórnia, Phillip Talbert.
À época do ataque, o réu era um alpinista famoso e redator de guias turísticos, e morava e trabalhava para uma empresa privada no parque. Além da vítima de Yosemite, outras três mulheres o acusaram de abuso sexual, embora os seus casos não tenham sido levados a nível federal, pois estavam fora da jurisdição dos procuradores.
Durante o julgamento, os promotores disseram ao tribunal que Barrett atraiu a vítima para uma área isolada, convidando-a para assistir a uma chuva de meteoros e depois a estuprou, informou o noticiário local. Ele ainda a agrediu enquanto nadava no Rio Tuolumne e pela última vez em um chuveiro comunitário, de acordo com documentos judiciais.
O advogado de defesa, Timothy Hennessy, argumentou que a sentença de prisão perpétua era inadequada porque Barrett sofre de uma doença mental. Ele também assegura que as mulheres conspiraram contra ele para “arruinar a vida” do seu cliente, segundo relato dos promotores.
Na terça-feira, quando Barret foi sentenciado, as mídias regionais descreveram que as quatro mulheres ficam em lágrimas com o veredicto, e que por vezes estiveram de mãos dadas. A defesa planeja apelar à condenação.
Segundo promotores federais, Barrett tinha um longo histórico de abusos e assédio. Ele apareceu em uma academia de escalada frequentada por uma das vítimas que testemunhou em um julgamento em 2017, anos depois de ele supostamente a ter atacado, disseram os promotores.
Ela contou ao dono da academia sobre sua experiência — na esperança de proteger outras mulheres — e foi assediada e ameaçada por Barrett anos depois. Ele já foi condenado por ameaças criminais em agosto de 2022.
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