Política
TJGO nega pedido de prisão de primo de Caiado, investigado no assassinato de ex-aliado do governador
Na mesma sessão, magistrados decidiram pela manutenção da prisão de quatro policiais militares também suspeitos de participação no crime
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) negou, nesta quinta-feira, o pedido de prisão feito pelo Ministério Público contra Jorge Caiado, primo do governador Ronaldo Caiado. A decisão aconteceu durante deliberação da 4ª Câmara Criminal do órgão, de forma fechada, já que o processo está em segredo de Justiça. O assessor parlamentar é um dos investigados pelo assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, em junho de 2021, em Anápolis, cidade a 55 km de Goiânia.
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Na mesma sessão, a Corte manteve presos quatro policiais militares também suspeitos de participação no crime. Fábio Alves Escobar Cavalcante atuou na campanha do governador Ronaldo Caido, em 2018.
Na denúncia, o Ministério Público afirmou que Jorge ajudou a planejar o assassinato usando seus contatos dentro da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado. O documento ainda ressaltou que Caiado era lidado ao ex-presidente do Democratas, Carlos César de Toledo, conhecido como Cacai, denunciado como mentor intelectual do crime.
De acordo com informações publicadas pelo G1, na denúncia contra ainda a informação de que Caiado e Cacai teriam se reunido com dois coronéis da PM para tratar de ameaças de Escobar a Cacai. Os dois homens teriam se negado a cometer o crime contra o desafeto. Ainda segundo o MP, os dois mantiveram o plano e, para cumpri-lo, aliciaram os policiais militares denunciados como executores do crime, que estão presos.
— O processo é complexo, por isso demorou a investigação. Houve uma série de mortes para queimar arquivo e não desvendar a crime do Fábio Escobar. Sendo policiais, claro que o tratamento tem que ser mais rigoroso. Ele conhece a lei, sabe muito bem as consequências da ação e não se intimidou. Qual a garantia que nós temos de soltar essas pessoas? É temerário dar a liberdade — alegou a desembargadora Rozana Fernandes Camapum, ao defende a manutenção da prisão dos quatro militares.
O empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante foi assassinado a tiros em 2021, em uma emboscada no interior do estado. O ´primo de Caiado, Jorge Luiz Ramos Caiado só se tornou réu pelo homicídio no fim do mês passado por homicídio.
A primeira denúncia do MP sobre o caso, feita no ano passado, era apenas contra três policiais militares e um homem apontado como o mandante: Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai, ex-presidente do DEM (atual União Brasil) em Anápolis, terceira maior cidade do estado. Após a vitória de Caiado, em 2018, Cacai chegou a integrar o governo em um cargo de destaque como diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego).
Procurada, a defesa de Jorge Caiado não de pronunciou sobre o caso.
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