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Após hit no TikTok, 'Brás Cubas' fica em segundo na lista de mais vendidos da Amazon

Tradução em inglês do romance de Machado de Assis supera Gabriel García Márquez e Jorge Luis Borges na categoria literatura latino-americana e caribenha

Agência O Globo - 20/05/2024
Após hit no TikTok, 'Brás Cubas' fica em segundo na lista de mais vendidos da Amazon
Após hit no TikTok, 'Brás Cubas' fica em segundo na lista de mais vendidos da Amazon - Foto: Reprodução / internet

A tradução para o inglês de "Memórias póstumas de Brás Cubas" é o segundo livro mais vendido na Amazon na categoria ficção latino-americana e caribenha. O romance de Machado de Assis está na frente das edições em inglês de "O amor nos tempos de cólera", de Gabriel García Márquez, e uma coletânea dos melhores contos de Jorge Luis Borges.

A edição da Penguin Classics, com tradução de Flora Thomson-DeVeaux, entrou nos trends após uma resenha positiva da influenciadora americana Courtney Henning Novak viralizar na internet.

Em um vídeo gravado na semana passada, Novak conta que leu o clássico de Machado de Assis como parte de um desafio para o TikTok. E ficou cantada:

“Eu tenho três grandes problemas com esse livro. Primeiro, a minha edição só tem 300 páginas. Só faltam 100 páginas para mim, e se eu for muito cuidadosa elas vão durar até o fim de semana. E aí o quê? O que eu deveria fazer com o resto da minha vida?”, falou a tiktoker.

O vídeo de Novak repercutiu nas redes pelos brasileiros, gerando diversas discussões sobre como a obra de Machado de Assis é percebida no Brasil e no exterior.

Enquanto os brasileiros debatem sua própria literatura, Novak agora está empenhada em aprender o nosso idioma. “Eu não consigo nem imaginar o quão bom isso é em português", diz ela no vídeo. "Então agora, no meio o meu projeto de ler ao redor mundo, eu tenho outra tarefa que é aprender português.”

A tradutora da edição, Flora Thomson-DeVeaux, comemorou o sucesso de vendas na Amazon. Porém estranhou ver o "O idiota", do russo Fiodor Dostoievski, no topo da lista. Até onde se sabe, o autor russo e seu livro não são considerados latino-americanos.