Política

Conselho de Ética da Câmara deve analisar hoje cassação de Chiquinho Brazão, denunciado por morte de Marielle Franco

Deputado é acusado de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco

Agência O Globo - 15/05/2024
Conselho de Ética da Câmara deve analisar hoje cassação de Chiquinho Brazão, denunciado por morte de Marielle Franco
Chiquinho Brazão

A Câmara dos Deputados deve analisar nesta quarta-feira o pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O relatório da deputada Jack Rocha (PT-ES) é pela perda de mandato do parlamentar. Ele é acusado de ser um dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

No início de abril, a Câmara dos Deputados decidiu manter a prisão do deputado. A votação passou por uma margem apertada. Foram 277 votos favoráveis à prisão, 129 contrários e 28 abstenções. Eram necessários 257 votos para manter Chiquinho na prisão. Associado à milícia por investigadores, o parlamentar foi derrotado pelos colegas em plenário, mas conseguiu angariar apoio expressivo de partidos do Centrão e da oposição.

No fim do mês passado, ele fez um pronunciamento no conselho, por videoconferência. Brazão disse que é inocente e vai provar. E que espera "retratação" de que hoje o acusa pela morte da vereadora, em 2018.

— O que posso falar em minha defesa é que sou inocente e que vou provar. E sei que não há muito o que dizer, porque, pela grande relevância desse crime, sei como a Câmara está nesse momento, está se passando, com todos os deputados que aí estão — disse Brazão.

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Os três são acusados de planejar e ordenar a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Outras análises

A Câmara também deve analisar hoje pedidos de cassação do deputado André Janones (Avante-MG), Delegado da Cunha (PP-SP) e Glauber Braga (Psol-RJ).