Variedades

Professora Lu em ‘Renascer’, Eli Ferreira conta por que deixou a igreja evangélica e se converteu a religião de matriz africana na Bahia

Atriz é ifaísta e diz que, a princípio, a mãe evangélica ficou preocupada : ‘Percebi que o culto não era nada daquilo que ouvi falar dentro da igreja ’

Agência O Globo - 09/05/2024
Professora Lu em ‘Renascer’, Eli Ferreira conta por que deixou a igreja evangélica e se converteu a religião de matriz africana na Bahia
Professora Lu em ‘Renascer’, Eli Ferreira conta por que deixou a igreja evangélica e se converteu a religião de matriz africana na Bahia - Foto: Reprodução/internet

Eli Ferreira dá vida à doce professora Lu em “Renascer”, novela que aborda religiões distintas ao trazer um padre, um pastor e uma candomblecista como personagens importantes da trama, que se passa na Bahia. Também foi em terras baianas que a atriz, criada na igreja evangélica desde criança, viu sua vida passar por uma transformação em 2022, quando teve o primeiro contato com um terreiro de candomblé. Ela, que pratica o culto de Ifá, detalha como foi seu processo de transição para uma religião de matriz africana e conta de que forma isso a ajudou a perdoar o pai, totalmente ausente em sua criação.

Entrevista: Giullia Buscacio vai entrar em ‘Renascer’ como Sandra, o novo amor de João Pedro: ‘Já tem gente torcendo pelo casal’

Ator mirim: Filho de Marcos Mion, Tefo Mion faz seu primeiro protagonista na TV: ‘Estou muito orgulhoso’

– Sou ifaísta. Percebi que a religião não era nada daquilo que ouvi falar a vida inteira dentro da igreja evangélica, que acredito ser a mais intolerante. Qualquer coisa ligada à África e aos negros é muito deturpada – desabafa a atriz, ciente de muitos preconceitos que são vinculados à ancestralidade africana e suas heranças contemporâneas, culturais, sociais e religiosas.

A artista descreve que “a religião de matriz africana não impõe a falsa perfeição, mas ensina a lidar com as consequências”:

– Também fala de ancestralidade, da importância de cultuar a natureza e de valorizar os mais velhos Nunca ouvi sobre isso durante tantos anos na igreja.

Convertida após uma viagem a Salvador, Eli descreve se sentir “segura, confortável e acolhida” sendo ifaísta. Mas nem sempre foi assim.

– Quando saí da igreja evangélica, minha mãe não curtiu muito, como já era de se esperar. Inicialmente, existiram algumas dúvidas por parte dela. De qualquer maneira, não foi uma grande questão. Se estou bem resolvida comigo, não tem nenhuma pressão – assegura Eli sobre a religião e a relação com a mãe evangélica, Jerusa Ferreira.

No que diz respeito ao pai, com quem ficou anos sem falar, Eli conta que o procurou por conta de sua espiritualidade:

– Acredito que temos que resolver as coisas, senão o conflito vem numa próxima vida. Tomei a decisão de procurá-lo por causa disso.