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Covid-19: AstraZeneca para de fabricar vacina contra a doença; entenda
Em nota, a farmacêutica afirmou que as múltiplas vacinas desenvolvidas contra as variantes, resultou em uma diminuição da procura
A farmacêutica AstraZeneca informou que vai parar de fabricar a vacina contra a Covid-19. A vacina já não pode ser utilizada na União Europeia depois de a empresa ter retirado voluntariamente a sua “autorização de introdução no mercado”. O pedido de retirada da vacina foi feito no dia 5 de março e entrou em vigor na terça-feira.
Aplicações semelhantes serão feitas nos próximos meses no Reino Unido e em outros países que aprovaram a vacina, conhecida como Vaxzevria.
Em nota divulgada para a imprensa, a farmacêutica afirmou que foram desenvolvidas múltiplas vacinas contra variantes da doença e há um excedente de imunizantes atualizados disponíveis. Isso, segundo a empresa, “resultou em uma diminuição da procura” pela AstraZeneca.
A decisão ocorre meses depois de a empresa ter admitido pela primeira vez em documentos judiciais que pode causar um efeito secundário raro e perigoso que causa coágulos sanguíneos e baixa contagem de plaquetas sanguíneas.
A AstraZeneca admitiu em documentos judiciais apresentados ao Tribunal Superior em fevereiro que a vacina “pode, em casos muito raros, causar TTS (Síndrome de Trombose com Trombocitopenia). Segundo o jornal britânico The Telegraph, a doença foi associada a pelo menos 81 mortes no Reino Unido, bem como a centenas de ferimentos graves. A AstraZeneca está sendo processada por mais de 50 supostas vítimas.
No ano passado, a Fiocruz, que produz a AstraZeneca no Brasil, afirmou que os efeitos adversos são extremamente raros e possivelmente associados a fatores de risco individuais.
"É muito importante entender que os eventos trombóticos e tromboembólicos associados à infecção SARS-CoV-2, observados nos pacientes com Covid-19, são muito maiores quando comparados aos eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização", diz o comunicado do Ministério da Saúde. "Isso significa que o risco de tromboembolismo venoso é duas a seis vezes maior em pacientes que pegaram Covid-19 do que em pessoas sem a infecção. E isso não tem nada a ver com a vacinação contra a doença".
Em comunicado, a empresa afirma que a decisão não ocorre por conta dos problemas judiciais.
“Estamos extremamente orgulhosos do papel que a Vaxzevria desempenhou no fim da pandemia global. De acordo com estimativas independentes, mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas só no primeiro ano de utilização e mais de três mil milhões de doses foram fornecidas a nível mundial. Os nossos esforços foram reconhecidos por governos de todo o mundo e são amplamente considerados como uma componente crítica para acabar com a pandemia global”, escreveu.
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