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Grupo de paleontólogos encontra esqueleto completo de uma preguiça que viveu cerca de 50 mil anos

Animal em vida pesava 750 quilos e ficará exposto no hall do Museu de Ciências Naturais da cidade termal, na Argentina

Agência O Globo - 04/05/2024
Grupo de paleontólogos encontra esqueleto completo de uma preguiça que viveu cerca de 50 mil anos

Uma preguiça gigante foi encontrada no Parque Industrial de Mar del Plata. Seus restos fósseis já foram removidos e confirmados pela equipe de paleontólogos do Museu Municipal de Ciências Naturais Lorenzo Scaglia, na Argentina. Agora, o esqueleto completo será exibido no hall do Museu. Segundo detalharam os pesquisadores, trata-se de um animal que viveu há cerca de 50 mil anos e que pesava entre 750 e 850 quilos.

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A descoberta ocorreu em 4 de março, quando a Obras Sanitárias estava realizando trabalhos no terreno industrial da Rota 88. Foi durante uma escavação que encontraram os restos e imediatamente deram aviso à equipe de paleontólogos do museu.

Num primeiro momento, especialistas puderam confirmar que se tratava dos restos da pelve ou quadril. Em seguida, encontraram o fêmur, com dois ossos perfeitamente articulados, que foi um grande indício para encontrar grande parte do esqueleto.

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Os pesquisadores usaram uma retroescavadora para ampliar os limites da escavação e assim poder sondar e delimitar o esqueleto. Dessa forma, a equipe de paleontólogos encontrou o crânio do animal, que possibilitou determinar o extremo anterior e posterior.

Segundo publicou o La Capital, Matías Taglioretti, membro da equipe de pesquisa e curador da coleção do museu, afirmou: "Embora o esqueleto esteja bastante completo, o estado de conservação não é bom, razão pela qual se determinou que o material seja recuperado em uma única peça".

E detalhou: "Rapidamente foi feita uma moldagem em gesso, que tem como função protegê-lo dos trabalhos de extração e durante o transporte da peça para o museu. Foram utilizados 220 quilos de gesso para fazer uma proteção que, somada ao esqueleto e ao sedimento, resultou em um bloco de 950 quilos".

“Em particular, este Celidotherium morreu enterrado em sedimentos de um antigo solo inundado há cerca de 30.000 a 50.000 anos. Dada a completude do material e a forma como o esqueleto se articula, é uma peça que ficará em exposição permanente no museu”, disse Taglioretti.

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E indicou: "Os trabalhos de preparação serão realizados diretamente no salão central, uma vez que o tamanho e o peso do bloco não permitem sua entrada no laboratório de Paleontologia". Além disso, adiantou que os visitantes do museu Scaglia poderão ver o esqueleto tal como foi encontrado.

Em caso de encontrar um fóssil

Por sua vez, o Município lembrou que os fósseis são materiais do patrimônio natural e cultural, incluídos na Lei Nacional 25.743 de Proteção do Patrimônio Arqueológico e Paleontológico. Por este motivo, a sua descoberta deve ser comunicada às autoridades provinciais ou municipais competentes e o seu resgate deve ser realizado por profissionais qualificados.