Internacional
ONU calcula que reconstrução da Faixa de Gaza custará mais de R$ 200 bilhões
Organização já afirmou que serão necessários 14 anos para remover escombros e munições não detonadas
A ONU afirmou nesta quinta-feira (2) que a reconstrução da Faixa de Gaza, devastada pela guerra entre Israel e Hamas, custará entre 30 e 40 bilhões de dólares (R$ 153 e 205 bilhões de reais) e exigirá um esforço sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.
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"As estimativas iniciais do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para a reconstrução da Faixa de Gaza superam 30 bilhões de dólares e podem alcançar 40 bilhões", declarou Abdallah al-Dardari, diretor do escritório regional para os Estados árabes do PNUD, em uma entrevista coletiva em Amã.
Segundo Pehr Lodhammar, funcionário sênior do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS), afirmou em evento da ONU em Genebra, em abril, que o conflito deixou 37 milhões de toneladas de detritos no estreito território, onde moram 2,2 milhões de pessoas.
Segundo uma análise divulgada pela BBC no fim de janeiro, mais da metade dos edifícios de Gaza foram danificados ou destruídos desde outubro, quando a guerra teve início após o grupo terrorista Hamas deixar cerca de 1,2 mil mortos e fazer cerca de 240 reféns ao atacar o sul israelense. Do lado palestino, o conflito deixou 34,3 mil mortos no enclave, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.
Áreas residenciais, centros comerciais, universidades, terras agrícolas e hospitais foram destruídos. O relatório da City University of New York aponta que entre 144 mil e 175 mil edifícios foram danificados ou destruídos em toda Gaza, ou entre 50% e 61% das construções.
Há poucos meses, um relatório do Banco Mundial e da ONU havia apontado que os custos dos danos causados à infraestrutura do enclave é estimado em cerca de US$ 18,5 bilhões — 72% apenas para habitações. O valor já era equivalente a 97% do PIB combinado de Gaza e da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel em 1967.
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