Internacional
Após criança reclamar de 'monstros', família nos EUA encontra 60 mil abelhas em parede de quarto: 'Filme de terror'
No início, pais de Saylor Class, de 3 anos, acreditaram que menina imaginava coisas; insetos e mel causaram prejuízo de R$ 120 mil
Uma garotinha de três anos, moradora da cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, começou a reclamar aos pais que havia monstros em seu quarto. Os adultos não ligaram muito. Afinal, a pequena Saylor Class tinha acabado de assistir ao filme Monstros S.A (2001) e tudo indicava que poderia ser fruto de uma imaginação fértil. Mas o que eles não sabiam é que, sim, eles realmente estavam lá — e aos milhares, sobre a cabeça da menina. No teto, a família encontrou uma colmeia, cujos favos pesavam 45 kg e abrigavam entre 55 mil e 65 mil abelhas.
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Ashley Massis Class, em entrevista à BBC, contou que a filha reclamava de "monstros na parede" do quarto, mas que nem ela, nem o marido, levaram a denúncia a sério, já que tinham assistido a animação recentemente. Ela lembra que uma de suas abordagens foi, inclusive, dar uma garrafa de água à Saylor para que ela usasse como um "spray para o monstro". A ideia não teve nenhum efeito, e a menina continuou reclamando meses a fio de que algo estava à espreita no armário.
As reclamações da menina começaram a fazem mais sentido quando Massis Class notou algumas abelhas aglomeradas próximo ao sótão e à chaminé do lado de fora da casa de 100 anos. Os adultos pensaram que Saylor pudesse ter escutado o zumbido e, então, associado aos monstros. A mulher ligou para uma empresa de controle de pragas e descobriu que os pequenos insetos avistados tratavam-se de uma espécie protegia nos Estados Unidos. Um apicultor foi contratado.
O profissional notou que as abelhas viajavam em direção ao piso do sótão — ou em direção ao teto do quarto de Saylor. Ele então encontrou um buraco do tamanho de uma moeda e passou a rastrear a construção natural a partir desse ponto com o usou de uma câmera térmica. Da parede do cômodo da criança veio a surpresa:
— [A tela] iluminou-se como uma árvore de natal — disse a mãe.
As abelhas passaram oito meses trabalhando em uma poderosa colmeia, que surpreendeu até mesmo o apicultor. Ao abrir a parede, os insetos "saíram [voando] como em um filme de terror", descreveu Massis Class. Foram realizadas três sessões de aspiração reversa, e as abelhas foram separadas em caixas para serem transferidas para um santuário.
Todo o cômodo foi isolado para evitar que as invasoras voassem rumo a outro local da casa. A fiação da estrutura centenária foi danificada pelas abelhas e pelo mel produzido, um dano avaliado em US$ 20 mil (cerca de R$ 102 mil na cotação atual). A mulher explicou à rede de notícias que o seguro não cobre o incidente relacionado a pragas, uma vez que consideram a situação evitável.
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