Internacional
Premier da Espanha abandona ideia de renúncia após esposa virar alvo da extrema direita: 'decidi continuar'
Pedro Sánchez fez pronunciamento nesta segunda-feira, após quase uma semana de uma outra declaração em que disse que iria refletir sobre seu futuro político
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira que vai permanecer no cargo, depois de ameaçar um pedido de renúncia devido ao que denunciou como uma campanha de assédio pessoal e difamatória contra ele e sua família, incluindo acusações de corrupção contra sua esposa, Begoña Gómez, que foi arquivada na semana passada.
Acusação falha: MP espanhol pede arquivamento de investigação contra esposa de Pedro Sánchez
Contexto: Premier da Espanha ameaça renunciar após esposa virar alvo de investigação por denúncia da extrema direita
— Decidi continuar, continuar com ainda mais força, se possível — afirmou Sánchez em uma mensagem ao país no Palácio da Moncloa.
O anúncio acaba com o cenário de incerteza que começou na quarta-feira da semana passada, quando Sánchez disse que tiraria alguns dias para refletir sobre a renúncia, depois de criticar o "assédio" da direita e da extrema direita contra sua família, após a divulgação da abertura de uma investigação judicial contra sua esposa, Begoña Gómez, por suposta "corrupção".
— Assumo diante de vocês o meu compromisso de trabalhar sem descanso, com firmeza e com serenidade pela regeneração pendente da nossa democracia — acrescentou o líder socialista, que permaneceu em total silêncio nos últimos dias, sem revelar pistas sobre a sua decisão.
Madri e outras regiões da Espanha foram palco de manifestações em apoio do premier no fim de semana, que pareceram contribuir para a decisão final do socialista.
— [As manifestações] influenciaram decisivamente a minha reflexão — declarou Sánchez, enterrando a possibilidade de novas eleições, apenas um ano após as últimas legislativas.
Sánchez, de 52 anos, está à frente do governo espanhol desde 2018, com três mandatos distintos, depois de estabelecer alianças parlamentares com a extrema-esquerda ou com os nacionalistas catalães e bascos.
— Há apenas uma maneira de reverter esta situação, que a maioria social, como fez nestes cinco dias, se mobilize em uma aposta determinada pela dignidade e o bom senso— disse, em referência ao que considera uma degeneração do debate político.
Desta forma, seria possível impor um "freio à política da vergonha" que o premier disse que o país sofre há muito tempo.
— Isto não envolve o destino de um dirigente determinado, isso é o de menos, trata-se de decidir que tipo de sociedade queremos ser.
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