Internacional
Papa Francisco recebe ex-presidente Dilma Rousseff no Vaticano: 'é um prazer revê-la'
Visita de petista ao Pontífice ocorre em meio a uma intensificação das relações bilaterais do Brasil com a Santa Sé
O Papa Francisco recebeu, neste sábado, a ex-presidente Dilma Rousseff no Vaticano, em um encontro que já estava previsto na agenda de ambos. O encontro ocorre em um momento em que o Brasil investe na relação bilateral com a Santa Sé, considerada estratégica pelo atual governo.
Janaína Figueiredo: Por dentro da relação entre o Planalto e o Vaticano
Lauro Jardim: Dilma, o Papa e a estratégia do governo
— Bem-vinda! Como está? — disse o Papa Francisco em seu cumprimento inicial à ex-presidente, em vídeo divulgado pelo Vaticano. — É um prazer revê-la.
Ainda pelas imagens divulgadas pelo Vaticano, é possível ver que a ex-presidente da República e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics presenteia o Papa com um livro sobre a vida de Teodoro Sampaio, engenheiro e geógrafo negro que teve uma atuação política relevante na virada dos anos 1800 para 1900. Dilma se manifestou sobre a visita em sua conta no X (antigo Twitter).
"É sempre uma alegria estar com o Papa Francisco, amigo do Brasil e um homem profundamente comprometido com os destinos da humanidade", escreveu.
Dilma e Francisco mantém uma relação positiva desde a época em que a petista ocupava a Presidência. Como lembrou o blog do colunista Lauro Jardim no GLOBO, ela foi a primeira chefe de Estado recebida formalmente por Francisco no Vaticano ao assumir o papado. Eles ainda se encontraram pessoalmente outras duas vezes, uma no Brasil e outra no Vaticano.
A visita acontece em um momento em que o Planalto intensifica os contatos com a Santa Sé. Fontes do governo ouvidas pela jornalista Janaína Figueiredo afirmaram que a relação bilateral é considerada fundamental pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu assessor internacional, Celso Amorim.
As agendas de Lula e Francisco têm vários pontos em comum, entre eles o combate à pobreza. Para Lula, a aliança com o Vaticano é valiosa, em momentos de queda de popularidade interna e desafios na frente externa. Já para a Santa Sé, o Brasil é um país central, que exibe o maior número de bispos ativos do mundo: 300, além de 160 bispos eméritos. Em segundo lugar estão os EUA, seguidos por Itália e Índia.
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