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Quem são os filhos de Anderson Leonardo: mestre de bateria de escola de samba e caçula de 3 anos

O vocalista do Molejo morreu aos 51 anos, no dia 26 de abril, após ser internado para tratar um câncer

Agência O Globo - 26/04/2024
Quem são os filhos de Anderson Leonardo: mestre de bateria de escola de samba e caçula de 3 anos

O cantor Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, morreu nesta sexta-feira, dia 26, aos 51 anos, e deixou quatro filhos. O artista é pai de Leozinho Bradock, Alessa, Rafael Phelipe e Alice. Em suas postagens mais recentes, ele compartilhou momentos especiais com a caçula, Alice, que está prestes a completar 4 anos em maio e atualmente tem 3 anos de idade.

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Leozinho e Rafael seguiram os passos do pai músico. O primeiro é mestre de bateria da escola de samba Lins Imperial e o segundo, trabalhava ao lado do pai no Molejo.

Anderson Leonardo, vocalista e cavaquinista do Molejo, um dos grupos mais famosos e irreverentes do pagode dos anos 1990, morreu nesta sexta-feira (26) aos 51 anos. O músico foi internado no hospital Unimed, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 27 de fevereiro, com fortes dores após sessões de radioterapia para tratar um câncer inguinal raro, na região da virilha.

Quem foi Anderson Leonardo?

Filho do produtor Bira Haway (que, como técnico de som do Estúdio Haway, na região da Central do Brasil, gravou nos anos 1970 discos de Jamelão, Elza Soares, Fagner, Alcione, Fafá de Belém, Novos Baianos e Belchior, além de LPs de escolas de samba), Anderson nasceu e foi criado no bairro da Abolição, na Zona Norte do Rio, onde viveu cercado pelo samba. Um de seus melhores amigos de infância era Andrezinho, filho do ex-diretor de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, Mestre André, o inventor das paradinhas. Os dois meninos fizeram shows folclóricos no exterior, nos quais tocavam músicas de capoeira e executavam acrobacias com o pandeiro.

No fim dos anos 1980, Bira Haway montou o Molejo como uma banda de baile. No começo dos 90, Anderson e Andrezinho (surdo e vocal) assumiram a banda e se juntaram a Claumirzinho (pandeiro e vocal), Lúcio Nascimento (percussão e vocal), Robson Calazans (percussão e vocal) e Jimmy Batera (bateria). Orientados por Bira (que mais tarde produziria, além do Molejo, grupos como produtor de Revelação, Exaltasamba, Pixote), misturaram o samba-pop e bem-humorado dos Originais do Samba com as inovações introduzidas no samba de raiz pelo grupo Fundo de Quintal.

Em 1994, o Molejo lançou seu primeiro LP, “Grupo Molejo”, que estourou com o samba-rock “Caçamba” (“está tudo aí / que papo legal / estão dizendo lá no gueto / que você tem um suingue legal”). Os discos seguintes trariam “Paparico” (“arranjei um carro importado / uma beca e um celular / na verdade era tudo emprestado / não tenho nem onde morar”), “Brincadeira de criança” e a “Dança da Vassoura” (“diga aonde você vai / que eu vou varrendo”). Para sublinhar a alegria dos sambas, era fundamental a presença de Anderson, com o seu riso largo, sua voz rouca e uma dentição muito particular — que ele optou por corrigir em 2015.