Política
Mauro Cid vai à PF e tira dúvidas em tempo real de agentes que investigam esquema das joias nos EUA
Policiais embarcaram nesta quinta-feira para realizar diligências com a cooperação do FBI em Miami e Nova Iorque
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid tira dúvidas online nesta sexta-feira de investigadores da Polícia Federal que estão nos Estados Unidos. Eles embarcaram para realizar diligências no inquérito sobre a venda de presentes recebidos pelo ex-presidente em viagens oficiais, como a coleta de depoimentos de comerciantes de lojas onde supostamente teriam sido negociadas joias.
Leia também: PF vai aos EUA ouvir comerciantes sobre suposta venda e recompra de joias por aliados de Bolsonaro
Bolsonaro e as joias: entenda a cronologia e as principais provas do caso
Preso preventivamente há cerca de um mês, por supostamente quebrar regras do acordo de delação que assinou, Cid chegou à sede da PF nesta manhã. Por videoconferência, ele esclarece pontos a um agente e um delegado da corporação que estão em território norte-americano.
Com a cooperação internacional do Federal Bureau of Investigation (FBI), o Departamento Federal de Investigação, os policiais já conseguiram obter documentos, como movimentações financeiras dos investigados.
A partir de agora, para concluir o inquérito, serão realizadas as diligências em campo, em cidades como Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY).
De acordo com as investigações, auxiliares de Bolsonaro venderam ou tentaram comercializar ao menos quatro itens, sendo dois entregues pela Arábia Saudita e dois pelo Bahrein.
No inquérito, a PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno do ex-presidente que atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos por ele como representante do Estado brasileiro.
Entre os presentes negociados, estão relógios das marcas Rolex e Patek Phillipe, para a empresa Precision Watches, no valor total de US$ 68 mil, o que corresponde na cotação da época a R$ 346.983,60.
Nesse caso, Cid esteve pessoalmente em uma loja em Willow Grove para vender a peça. Uma foto do comprovante de depósito foi armazenada no celular do oficial.
Em depoimento sobre a investigação, Bolsonaro optou por ficar em silêncio.
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