Novas imagens mostram que um bombeiro questionou a Polícia Militar sobre a suspeita de que o motorista do Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, estava alcoolizado após um grave acidente. A PM confirmou que ele estava “um pouco etilizado”. Durante a abordagem, a polícia não realizou o teste do bafômetro porque não havia etilômetro disponível no local.

Na mesma gravação, a policial que interrogou Fernando questiona um colega se ele tem um etilômetro para realizar o teste, mas a resposta foi negativa. A falta de equipamentos adequados levou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo a emitir um comunicado reconhecendo o erro dos policiais ao não fazer o teste de alcoolemia no motorista do Porsche. “Houve falhas de procedimento dos policiais”, diz a nota.

Apesar de a Polícia Militar ter reconhecido o erro e aberto um procedimento para responsabilizar os policiais envolvidos, a falta do teste do bafômetro permitiu que o motorista fosse liberado sem comprovação de embriaguez. A mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, chegou a pressionar os policiais para que pudessem sair do local, mencionando que o filho estava ferido. No entanto, a promessa de levá-lo ao hospital não foi cumprida, e eles deixaram a cena do acidente sem realizar exames.

A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso e pediu a prisão de Fernando pela terceira vez, indiciando-o por homicídio, lesão corporal e fuga do local. Sua mãe também foi indiciada por coautoria na fuga. A ausência do teste do bafômetro é considerada uma falha grave no processo investigativo, pois poderia ter sido usada como evidência do estado do motorista no momento do acidente.