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'Grândola, Vila Morena': conheça a história da música que deu início à Revolução dos Cravos, em Portugal
Canção foi composta por José Afonso e era censurada pela ditadura de Antonio Salazar

Há 44 anos, no dia 25 de abril de 1974, tocou nos rádios portugueses a música "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, proibida pela ditadura de Antonio Oliveira Salazar. Era, então, o início da Revolução dos Cravos, que reestabeleu a democracia no país, em regime de exceção desde 1926. Ela foi o sinal definitivo para o Movimento das Forças Armadas (MFA) se rebelarem contra o poder dominante.
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Tudo começou às 22h55 de 24 de abril, quando a Rádio Emissores Associados, de Lisboa, tocou a canção "E depois do adeus", de Paulo de Carvalho. Era o primeiro sinal para a MFA. À 0h25 de 25 de abril, a Rádio Renascença veio com a sinalização derradeira: "Grândola, Vila Morena", de José Afonso. A partir daí, os militares rebelados começaram a ocupar antes postos fundamentais para o regime.
A canção apareceu no disco "Cantigas do Maio", lançado por José em 1971. Ele foi proibido pela censura salazarista, que concedeu apenas uma exceção à rádio Renascença, de inclinação católica, para tocar justamente "Grândola, Vila Morena". Ela foi composta como homenagem à Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, da vila portuguesa de Grôndola.
A música é considerada o tema da Revolução e foi interpretada por diversos artistas ao longo da história, até mesmo no ano de 1974, quando ganhou uma regravação de Amália Rodrigues. Na época dos protestos contra o pacote de austeridade do governo Pedro Passos Coelho, em 2012, ela voltou à cena entoada pelos manifestantes que tomaram as ruas de Lisboa.
Confira a letra completa de 'Grândola, Vila Morena'
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade!
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena!
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade!
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena!
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade!
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade!
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