Política
Vacina de Bolsonaro: entenda por que a PGR pediu mais provas à PF sobre a suposta fraude
Gonet pediu novas apurações em investigação de ex-presidente e Cid sobre fraude em cartões de vacina
O movimento do procurador-geral da República, Paulo Gonet, de pedir mais diligências à Polícia Federal no inquérito que apura a suposta participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um esquema de fraude em registro no cartão de vacina tem como motivação a avaliação nos bastidores de é preciso deixar claro se há uma conexão do caso das vacinas com uma suposta tentativa de golpe de Estado – que culminou nos atos do dia 8 de janeiro.
A intenção, segundo O GLOBO apurou, seria encontrar o rastro da falsificação e apontar a extensão da fraude. A solicitação para mais provas tem como pano de fundo o tratamento rigoroso que o chefe do Ministério Público quer dar a uma eventual denúncia contra o ex-presidente.
Isso porque há o entendimento de que, caso fique comprovada a ligação da falsificação dos dados com os atos golpistas, a conduta criminosa imputada ao ex-presidente seria mais grave. Bolsonaro seria denunciado pela primeira vez por um ato cometido enquanto presidente.
Nesta terça-feira, Gonet encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de mais provas no caso envolvendo Bolsonaro. As diligências servirão para fornecer mais elementos à PGR, que precisa decidir se denuncia o ex-presidente e os demais indiciados, ou se pede o arquivamento do caso.
Bolsonaro foi indiciado em março pela PF pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.
Ao STF, Gonet afirmou que é preciso esperar a resposta de um pedido feito ao governo americano, sobre se Bolsonaro e outros investigados utilizaram os certificados falsos no país.
"É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte- americano", escreveu o procurador-geral.
Gonet afirmou que a informação é importante para determinar quais crimes podem ter sido cometidos, por isso solicitou que a investigação retorne à PF.
"A notícia é relevante para a avaliação dos tipos penais incidentes no episódio. Solicita-se, portanto, da digna Autoridade Policial a produção de desses informes, para o que se pede a devolução dos autos à Polícia Federal", escreveu.
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