Internacional
Ataque do Irã: Israel promete resposta após interceptar maioria de 200 drones e mísseis lançados contra o país
Gabinete de segurança de Israel autorizou o Gabinete de guerra a tomar decisões, eliminando a necessidade de aprovação prévia e agilizando o processo
Após ser alvo de mais de 200 drones e mísseis do Irã, interceptados em sua "grande maioria" sem graves consequências, Israel prometeu resposta aos ataques iranianos sofridos neste sábado. A ação de Teerã foi uma retaliação à agressão atribuída a Israel contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco no início do mês, causando a morte de membros da Guarda Revolucionária, força de elite iraniana.
Segundo a emissora israelense Channel 12, o Gabinete de segurança de Israel autorizou o Gabinete de guerra a tomar decisões em resposta ao ataque do Irã, eliminando a necessidade de aprovação prévia e agilizando o processo.
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"O regime no Irã enviou um grande enxame de mais de 200 drones assassinos, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro," disse o porta-voz das Forças Armas de Israel, Daniel Hagari, em um comunicado, acrescentando que apenas uma pessoa, uma menina de 10 anos, ficou ferida no ataque.
Em um comunicado separado, o Exército israelense afirmou que "dezenas de lançamentos de mísseis de superfície para superfície" foram identificados se aproximando do território israelense, sendo a maioria interceptada antes de cruzar para Israel. Dezenas de caças israelenses estão atualmente em operação para interceptar "todas as ameaças aéreas" se aproximando de Israel, acrescentou o comunicado.
Sirenes de ataque aéreo soaram em vastas áreas do Sul de Israel, na Cisjordânia e nas Colinas de Golã. O governo também enviou alertas sobre possíveis mísseis chegando ao Deserto de Negev, onde uma das diversas bases militares na região foi atingida "sem danos maiores", disse o porta-voz.
Paralelamente, o Hezbollah libanês e os rebeldes houthis do Iêmen, ambos aliados de Teerã, realizaram seus próprios ataques contra Israel, numa ação aparentemente coordenada do chamado Eixo da Resistência. O primeiro disparou foguetes contra as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, e os últimos lançaram drones em direção ao território israelense.
O ataque semeou o pânico nas ruas de Israel, há mais de seis meses em guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
— Como vocês podem ver, está tudo vazio, todos estão correndo para casa — declarou à AFP Eliyahu Barakat, um comerciante e 49 anos do bairro de Mamilla, em Jerusalém.
Mais cedo, em paralelo aos primeiros sinais dos ataques, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse enfaticamente que Israel está preparada para "qualquer cenário, tanto na defesa quanto no ataque". "Estabeleci um princípio claro: quem nos ferir, nós os feriremos. Defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com calma e determinação", disse em mensagem gravada à nação.
Netanyahu conversou por telefone com o presidente americano, Joe Biden, depois que o Irã atacou Israel, informou o gabinete do premier. Pouco antes do telefonema, os EUA já haviam reiterado o apoio "inabalável" a Israel frente aos ataques.
A missão iraniana na ONU, em resposta, alertou no X (antigo Twitter) que este "é um conflito entre o Irã e o regime israelense" e do qual o"s Estados Unidos DEVEM FICAR DE FORA!".
Ataque do Irã
O Irã realizou um ataque retaliatório contra Israel, lançando "dezenas de drones e mísseis" em direção ao território do Estado judeu, confirmaram a Guarda Revolucionária do Irã e as Forças Armadas israelenses neste sábado, marcando uma grande e perigosa escalada de tensões no Oriente Médio. Horas depois, a missão do Irã na ONU afirmou que a ofensiva foi uma resposta à agressão do regime sionista contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, acrescentando que, com a ação deste sábado, "o assunto pode ser considerado concluído". É a primeira vez que Teerã lança um ataque direto, a partir de seu território, contra o Estado judeu.
Desde que um ataque atribuído a Israel contra o anexo consular da embaixada do Irã na Síria causou a morte de membros da Guarda Revolucionária, força de elite iraniana, Teerã fez várias ameaças de retaliação. Em reação à ofensiva deste sábado, os Estados Unidos prometeram "dar apoio à defesa de Israel contra o Irã". Após os disparos feitos de Teerã, o movimento libanês Hezbollah e os rebeldes houthis, do Iêmen, lançaram foguetes e drones contra Israel, em uma ação coordenada partindo de diferentes frentes do chamado Eixo da Resistência. Ainda não está claro, porém, quais foram seus alvos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizará uma reunião de emergência na tarde deste domingo para discutir os ataques do Irã a Israel, de acordo com a missão de Malta na ONU, que detém a presidência rotativa do Conselho. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, solicitou a reunião de emergência na noite de sábado por meio de uma carta, afirmando que o ataque foi uma "escalada severa e perigosa".
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