À medida que equipes de emergência vasculham a sala de concertos do Crocus City Hall, palco do atentado terrorista que matou mais 133 pessoas em Moscou, os primeiros detalhes sobre algumas das vítimas começam a surgir. Informações divulgadas por autoridades e nos meios de comunicação traçam um perfil médio de adultos de meia-idade, muitos deles de outras partes do país.

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A maioria dos identificados até agora estava na casa dos 40 anos e era fã da banda Piknik, grupo formado no final dos anos 1970, que se apresentaria na noite de sexta-feira.

É o caso de Alexander Baklemyshev, de 51 anos. De acordo com um depoimento do filho à mídia local, ele sonhava há muito tempo em ver a banda e viajou sozinho de sua cidade natal, Satka, cerca de 1.600 km a leste de Moscou, apenas para acompanhar o show.

Anastasiya Volkova recebeu uma ligação da mãe na noite de sexta-feira, na hora do ataque, mas não ouviu o celular tocar. Quando tentou retornar, ninguém atendeu. Ela perdeu o pai e a mãe no atentado. Em entrevista a 5TV, Volkova disse que a mãe estava “realmente ansiosa" pelo show.

O Ministério da Saúde da região de Moscou publicou uma lista de vítimas. Andrey Rudnitsky estava entre eles. Jogador de uma liga amadora de hóquei, ele completou 39 anos na semana passada, segundo sua página no site da liga. Os companheiros de equipe de Rudnitsky disseram a um site de notícias local, Pro Gorod, que ele havia se mudado de Yaroslavl para Moscou no ano passado, mas planejava voltar para casa para jogar lá. Rudnitsky tinha dois filhos.

Algumas pessoas pareciam ter sido incluídas na lista por engano. Yevgeniya Ryumina, 38 anos, disse ao jornal Komsomolskaya Pravda que fugiu da sala de concertos para um local seguro, mas que perdeu a identidade no caminho. Ela acredita que isso poderia ter causado confusão.