Internacional
Homem é condenado por criar testamento falso e matar casal com fentanil para herdar empresa, na Inglaterra
Antes de envenenar Stephen e Carol Baxter, assassino fingiu ser médico dela e fez com que comesse tachas de metal
Um homem britânico de 34 anos, foi considerado culpado nesta quarta-feira, na Inglaterra, por assassinar um casal de empresários para herdar empesa milionária. Após cinco semanas de julgamento, Luke D'Wit foi considerado culpado, após envenenar Stephen e Carol Baxter com a substância fentanil. o criminoso ainda escreveu um testamento falso, no qual ele seria declarado herdeiro dos negócios da família.
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O técnico de TI está preso desde julho de 2023, acusado de duplo homicídio. A sentença, que deve ser deliberada na sexta-feira, deve condenar D'Wit à prisão perpétua ou, pelo menos, 30 anos de cadeia.
Stephen e Carol Baxter eram donos da Cazsplash, uma empresa especializada em tapetes de banho. Os dois viviam em uma residência avaliada em R$ 6,4 milhões (um milhão de libras) na região de Essex, na Inglaterra.
Após assassinar o casal, o criminoso escreveu um testamento que mencionava Luke D'Wit como um "querido amigo" e futuro diretor e CEO da empresa. A polícia encontrou o documento, mas descobriu que não era o original, mantido pelos advogados de Stephen e Carol.
'Assassino frio e calculista'
D'Wit foi descrito pela Polícia de Essex, responsável pela investigação, como "frio e calculista". O criminoso fingiu ser um médico e administrou uma dose fatal de fentanil ao casal, o opioide mais forte disponível para o uso em seres humanos, com alto risco de overdose.
Os corpos foram encontrados pela filha dos Baxter em 9 de abril de 2023. Nenhum deles apresentava ferimentos e não houve causa óbvia de morte, segundo explicou a polícia de Essex, em comunicado. Mas, semanas depois, resultados da toxicologia revelaram que Carol e Stephen morreram em consequência de doses letais de fentanil, dando início a uma investigação de assassinato.
D'Wit foi a última pessoa a encontrar com os dois em 7 de abril. A investigação revelou que ele havia instalado uma câmera na casa, ligada a um aplicativo no celular, para monitorar e assistir à morte do casal.
— Em todos os meus anos como policial, posso dizer que Luke D'Wit é um dos homens mais perigosos que conheci. Não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que, se ele não tivesse sido capturado, teria cometido mais assassinatos. Ele faria amizade com as pessoas e fingiria ser um membro íntegro, prestativo e gentil da comunidade. A realidade é muito mais sinistra. Ele é um assassino frio e calculista — descreveu o detetive superintendente Rob Kirby, da Diretoria de Crimes Graves de Kent e Essex.
Invenção de personagens
D'Wit conheceu Carol em 2014 e começou a trabalhar para ela como consultor de TI. Ele criou mais de 20 personagens para se comunicar com ela, incluindo um médico fictício chamado "Andrea Bowden". O médico falso conduzia um tratamento médico de Carol. Ela foi diagnosticada com Hashimoto, uma doença auto-imune, e o tratamento, propositadamente, piorava seu quadro a cada dia.
Para convencer a mulher, D'Wit apresentou Carol a outras pessoas fictícias online, que supostamente foram tratadas por "Andrea Bowden". Ele se comunicava por grupos de WhatsApp e e-mail, e até criava novas vozes para enviar mensagens de áudio. A polícia ainda encontrou tachas de metal em embalagens de comprimidos de Carol. A idosa chegou a ser hospitalizada por engolir os itens.
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