Geral
Dor pélvica: entenda se é possível 'quebrar' a vagina
Os desconfortos e pontadas na região podem ser causados por diversos motivos
O relato Elena Filipczyk viralizou nas redes sociais após ela compartilhar que foi diagnosticada com vaginismo, vulvodínia e estenose vaginal congênita, condições que causam dor na região da pelve. Porém, antes de descobrir o motivo para o seu desconforto, a australiana chegou a se questionar se sua vagina estaria "quebrada". Isso é possível?
Suco ou refrigerante diet: qual é o melhor para a dieta?
Felicidade no trabalho: diga mais ‘não’, esteja disposto a se comunicar; conheça as 5 regras criadas por uma cientista cognitiva
De acordo com Fabiana Tosta, ginecologista e obstetra, não existe a possibilidade de quebrar a genitália em si ou dela estar quebrada. A especialista aponta que a sensação de dor extrema causada pelos problemas citados que pode dar, sim, a sensação de algo estar quebrando.
— Ela é formada pelo assoalho pélvico, constituído de mucosa, pele e parte óssea. A anatomia não permite. Não há possibilidade ou chance de quebrar — explica.
A especialista também aponta que tanto o vaginismo, que é uma dor no momento do ato sexual provocado espasmo involuntário dos músculos do assoalho pélvico, e a vulvodínia, ardência constante em diferentes partes da vagina, aparecem recorrentemente em seus atendimentos. Já a estenose vaginal, um estreitamento anormal do canal vaginal, é uma questão mais rara. No entanto, pode surgir na menopausa.
Para o tratamento, o mais recomendado pela ginecologista é procurar profissionais para que seja feito um acompanhamento. Especialmente no caso do vaginismo.
— O vaginismo ele tem um “quê” psicológico, a pessoa pode associar a penetração a algum trauma que ela teve no momento de ter relações sexuais, então requer uma equipe multidisciplinar — aponta Tosta.
Ainda, em seu relato, Elena expôs como sempre se sentiu diferente das outras pessoas por conta da sua experiência ruim com o sexo, causada pelas condições de saúde.
"Foi um alívio receber o diagnóstico, mas também fiquei com raiva. Na educação sexual, nunca mencionaram que poderia ser impossível inserir um tampão, muito menos fazer sexo com penetração ou um exame pélvico. Então, por mais de uma década, com certeza que minha vagina estava 'quebrada', eu evitei tudo e não contei a ninguém o porquê. Mesmo com o diagnóstico, a vergonha consumia tudo. Cercada por amigos que gostavam de sexo casual, tinham relacionamentos de longo prazo ou já haviam dado à luz, pensei que estava sozinha", contou Elena.
Mais lidas
-
1PALMEIRA DOS ÍNDIOS
R$43 milhões na Prefeitura e R$ 765 mil na Câmara em janeiro: Cadê a Transparência?
-
2AÇÃO INTEGRADA
Mais de 20 pessoas são presas em operação contra organização criminosa
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Prefeita Luísa Duarte nomeia Jesimiel Pinheiro como secretário adjunto de infraestrutura
-
4USINA DE VOTOS
Em Palmeira dos Índios, mais da metade da população depende do Bolsa Família e há temor de uso eleitoreiro para 2026, com ex-imperador na disputa
-
5
Operação integrada prende organização criminosa em Palmeira dos Índios